Os antigos xamânicos

Os antigos xamânicos viviam em regiões onde a natureza hostil os obrigava a imensos sacrifícios para garantir sua sobrevivência. A vida árdua  se refletia em seus rituais religiosos que incluíam o jejum e mergulhos nas águas geladas siberianas, uma forma de desenvolver virtudes e alcançar um estado superior de consciência, sem a necessidade de ingerir drogas alucinógenas.
O próprio quotidiano penoso os conduzia a uma elevação espiritual.
Em suas migrações chegaram ao Estreito de Bhering, que une a Ásia e a América numa distância de apenas 80 km.
Colonizaram o gelado Alasca e prosseguiram migrando para o sul, ocupando gradativamente o futuro Canadá, a América do Norte, América Central e América do Sul.
Povoaram o continente americano, encontrando aí condições opostas às que prevaleciam no continente asiático siberiano.
Nas Américas a natureza era pródiga, por toda parte havia abundância: florestas exuberantes, rios caudalosos, caça,pesca e frutos à vontade. As facilidades excessivas  resultaram numa acomodação e mudança de hábitos tendentes à decadência.
Na floresta encontraram substâncias novas que passaram a fazer parte dos rituais, um artifício para atingir estados alterados de consciência e também como preparação para a guerra.
A moderna antropologia reconhece que o uso de drogas em rituais é uma novidade introduzida na fase decadente do xamanismo, quando se tornou vítima da excessiva facilidade.
Esse exemplo serve de alerta ao homem moderno que pode, por livre decisão, praticar a simplicidade voluntária sem render-se aos apelos da modernidade dinheirosa e ilusória.


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