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Mostrando postagens de novembro, 2023

GRUPALISMO

Como já repetimos aqui algumas vezes o Povo Eleito de Israel, o povo hebreu, também chamado o povo judeu, israelita, foi o povo  escolhido para cumprir três missões cósmicas na História da Humanidade: 1) o monoteísmo 2) o pensar claro, lógico, matemático 3) o Messianismo A esperança messiânica era uma característica básica do Povo Eleito. Em algum momento surgiria no seio daquele Povo o Messias Salvador, trazendo um impulso  totalmente novo para o ser humano. Na medida em que a crise interna se agravava, mais necessário se fazia a realização daquela esperança. Em vários pontos do Antigo Testamento é anunciada a vinda do Messias, criando-se assim na cultura do Povo uma grande expectativa de salvação. A crise interna do Povo Eleito alcançava seu ponto máximo face à influência nefasta exercida pela classe dominante no Templo de Jerusalém. Eram os Fariseus, os Saduceus, os Doutores da Lei, os Escribas e seus adeptos. Uma classe privilegiada de letrados que manipulava a massa. No momento de

ISOLAMENTO TRIBAL

As culturas pré -cristās eram politeístas, pagãs e tribais. Viviam em guerra e formavam inpérios que se sucediam uns aos outros. Para a evolução da humanidade era essa uma situação insustentável a ser superada em algum momento No seio de tantas culturas pagãs, politeístas, formou -se na Terra de Canaã um povo diferenciado, sensato, monoteísta, com a sublime missão de trazer ao mundo o Messias Salvador, que imprimiria à marcha evolutiva da Terra e  do Homem um impulso renovador. Era o Povo Hebreu, descendente de Abraão, escolhido para cumprir essa missão, subdividida em três aspectos: o monoteísmo, o pensar claro, o Messianismo.Após a virada dos tempos, dos anos 30 ao 33 de nossa era, manifesta -se na Terra Santa o Messias esperado, culminando com a paixão,morte, ressurreiçāo e ascensão aos Céus. Pelo feito de Cristo imprimiu-se no etérico da Terra um impulso que atua continuamente, accessível a qualquer pessoa que busque sintonizar-se com essa força. A maioria na época aderiu à Boa Nov

ABERRAÇÃO

ABERRAÇÃO Essa palavra deriva do latim "ab errare", que quer dizer  desviar-se da rota, errar o caminho, não chegar ao destino, extraviar-se. Em sa o verbo aponta para   "não alcançar o objetivo." Errar o alvo é exatamente o contrário do que faz a enzima bioquímica. A ação enzimática é certeira, acerta na mosca, no ponto de rutura do substrato. Por isso a enzima revela altíssima eficiência, capaz de catalisar milhares de reações num substrato específico. Não só a ação enzimática, como também todo processo vivo caracteriza-se pela alta eficiência, com dispêndio mínimo de energia e de substâncias materiais. Quando um processo vivo "erra", cai a eficiência e surge a doença. Doença é a grande benfeitora. Indica que algo está errado e precisa ser sanado.  A causa precisa ser tratada. Mascarar apenas os sintomas é paliativo de curto prazo. O que vale para o organismo vivo vale também para o organismo social. Para qualquer processo inerente  ao social. Economia,

O EXCLUSIVISMO

O EXCLUSIVISMO Quantidades de livros têm sido escritos sobre o problema judeu. A perseguição e o anti-semitismo.. O fenômeno sempre existiu desde que os descendentes de Abraão começaram a se organizar como um povo portador de três sublimes missões: o monoteísmo, o pensar lógico e o Messianismo. O que .mais incomodava os povos vizinhos, certamente era a crença em um único Deus.  É que está arraigada no ser humano a necessidade de crer em diferentes deuses.l Ainda hoje grupos religiosos recorrem aos santos e às nossas senhoras para atender a exigência politeísta do ser humano. Nenhum povo, além do Povo hebreu, estava à altura de assumir tamanho desafio e cumprir as três missões cósmicas , a começar pelo monoteísmo. Se ainda hoje é difícil conduzir o homem a acreditar em uma única divindade, imaginemos há três mil anos atrás. Na evolução espiritual da humanidade era absolutamente necessário que, em algum momento, um povo abraçasse essa missão. Caso contrário a humanidade corria o sério pe

SHALOM

Certamente a palavra mais bonita da  venerável língua hebraica, a do Povo Eleito de Israel. Na verdade a paz sempre foi uma raridade na história do povo escolhido para trazer ao mundo o Messias Salvador, tal como anunciado por Isaías nos tempos do Antigo Testamento. Carregando corajosamente a bandeira do Messianismo e do monoteísmo não é de admirar que esse povo fosse continuamente hostilizado por todos os outros à sua volta, os pagãos politeístas, praticantes da idolatria. Graças às contínuas perseguições a que era submetido, o Povo Eleito pode desenvolver habilidades extraordinárias que o colocavam em posição de vantagem no confronto com seus adversários  E assim transcorreu dolorosamente a evolução do Povo Eleito, até que finalmente chegou o grande momento longamente esperado: a vinda do Massias. No momento certo, quando as circunstâncias mais o exigiam, aparece Jesus diante de João Batista, no Rio Jordão, para ser batizado. Seguem -se os três anos em que Cristo Jesus realiza o seu

TREVAS

 Já mencionamos aqui algumas vezes como a História se repete em diferentes oitavas. Mesmo quando ela é macabra, como A Dança Macabra, grande peça musical de Saint Saens. Aconteceu na Mongólia. Várias tribos nômades viviam dispersas e em guerra. Foi quando uma pessoa, Gengis Kahn, dotada de excepcionais dons de liderança, unificou as tribos e formou um país que se expandiu para fora de suas fronteiras e veio a constituir o mais extenso império de todos os tempos, o Império Mongol, caracterizado pela bar- barização de outros povos, inclusive a Rus de Kiev. Da mesma forma Maomé fundou o islamismo e unificou os povos da Arábia. E assim, pregando a Guerra Santa, expandiu extraordinariamente os seus domínios. E assim formaram-se todos os impérios que se sucederam ao longo da História. Todos começaram pequenos, cresceram, conquistaram outros e fundaram seus impérios. É o mesmo acorde musical soando em diferentes oitavas, como as notas de um teclado. Todo império é  um imenso teclado: tem um i

A SECA

 Todo problema que afeta o homem é o efeito de uma causa preexistente. Ignorar a causa é perpetuar o problema.  Desde sempre o semi-árido nordestino sofre com o flagelo da seca. Isso no nordeste. Mas logo acima o grande volume d'água do Rio Amazonas e de seus afluentes atravessa a exuberante Floresta Amazônica. A solução está visível a poucos graus de latitude ao norte. O Estado do Maranhão pertence à região nordeste. Porém uma área do Estado é Região Norte, florestada, com um maior índice de pluviosidade. Florestar é a solução. Eis a estratégia: Treinar os agentes de saúde para ensinar as donas de casa a descartar o lixo orgânico separado do lixo reciclável. O caminhão da coleta transporta o lixo orgânico para a área de compostagem. Do composto obtém-se o húmus, o substrato para a produção de mudas. A rede escolar é acionada para preparar e plantar as mudas como trabalho pedagógico. Cada propriedade cede 20% ou mais da área para florestar. As mudas servirão também para arborizar p

O ESPETÁCULO

 Já falamos aqui uma vez: a História tem ritmo, como a música. Ela se repete em diferentes oitavas. No Vietnam tivemos o confronto da pobre guerrilha contra a super-potência norte-americana, a maior força militar da História Universal. Depois de longos anos de luta inglória, a super-potência saiu derrotada. Os russo-soviéticos não aprenderam a lição e aventuraram-se no Afeganistão por 10 anos. A segunda maior potência nuclear do planeta saiu derrotada. Os Estados Unidos não aprenderam as duas lições, a do Vietnam e a do Afeganistão, e tentaram pela terceira vez. Saíram humilhantemente derrotados. A Rússia de Putin, a segunda maior potência nuclear da Terra, luta desesperadamente para conquistar a simples Ucrânia. Os três dias previstos inicialmente já se estendem para dois anos. Neste exato momento a super-potência israelense, aliada à mega-potência norte-americana, invade a Faixa de Gaza, uma nesga de terra de 10 kmx40km de extensão, que abriga 2,3 milhões de inimigos, ultra-motivados

ARREPENDIMENTO

 Pela primeira vez na história de Israel a super-potência norte-americana, de um lado, e a super-potência sionista, de outro, entraram em desacordo: Israel não concorda em cessar o fogo. É que os EUA arrependem-se de ter oferecido apoio incondicional ao seu fiel aliado. Pela segunda vez em 28 dias os norte-americanos tentam intervir para conter a fúria sionista em Gaza. Em vão. A necessidade de Netaniahu afirmar-se perante seu povo é maior do que a de Biden perante seu eleitorado. São dois cenários diferentes. Em Israel prevalece a pressão para destruir o inimigo. É a solução final do problema depois da humilhante  ação de Gaza. Nos EUA cresce a pressão para apaziguar os ânimos de Sião São duas correntes inversas, onde dois políticos, ambos mal avaliados em seus respectivos currais, precisam urgentemente dar a volta por cima. Mas o mundo não se restringe a dois rebanhos poderosos. O mundo é muito maior.  Gaza não está sozinha.  Israel e seu vacilante aliado isolam-se e viram minoria. B

PANTA RHEI

 "PANTA RHEI" é expressão atribuída ao filósofo grego Heráclito. "Tudo flui', tudo se move, se transforma, se transmuta, evolui. Nada é estático. Qualquer tentativa de parar o tempo será vã, por maior que seja o esforço despendido. Um exemplo visível é o dos religiosos ortodoxos, assentados pelo governo em colônias ilegais na Palestina. Não têm profissão, não trabalham nem prestam serviço militar. Contentam- se com a profissão de fé. Sua obrigação é praticar a religião e reproduzir-se. Isso já preocupa os demais israelenses. Em 20 anos os ortodoxos serão 20% da população. Ganharão mais poder político visto que a demografia pesa na democracia. Poderão cada vez mais impor seus padrões. Há algum tempo organizaram a campanha  TV.-zero. Destruíram todos os aparelhos de TV disponíveis. Imaginemos a campanha celular-zero. Muitos não concordariam Os colonos apresentam -se uniformes: roupa preta, chapéu preto, barba preta e trança. Todos pensam igual. E proclamam o Shalom. Os

O Estado laico

  Quando o fariseu perguntou se seria justo pagar imposto a César, a resposta veio imediata: "Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus." Naquele momento o Cristianismo lançava luz sobre a complexa questão relativa à interação Estado-Igreja. Poder temporal e poder espiritual são duas esferas que jamais se tocam, conforme os padrões da modernidade. Qualquer tentativa atual de o setor político invadir a seara religiosa, necessariamente resultará em graves aberrações, anacrônicas, extemporâneas. Equivale a querer reavivar a ancestralidade. Por isso foi a pergunta do fariseu muito válida, colocada naquele momento, naquele lugar, no berço do cristianismo,   quando a Humanidade começava a superar o passado e a abrir-se para o presente e para o futuro. O fariseu estava ainda condicionado a pensar segundo os padrões antigos, quando religião e governo estavam visceralmente unidos. Já nas mais antigas dinastias os imperadores eram venerados como divindades e exerciam funçõe

PASSADO E PRESENTE

 Já mencionamos aqui algumas vezes e não custa repetir. São as três missões cósmicas exemplarmente cumpridas  pelo valoroso povo hebreu. Era um povo semita iniciado por Abraão. da linhagem de Sem, filho de Noé. Abraão era cidadão caldeu, morador da cidade de Ur, na Mesopotâmia, situada entre os rios Tigre e Eufrates, meso potamos ,  entre rios, no atual Iraque. A Caldéia-Babilônia, juntamente com o Egito, constituíam o polo cultural daquela época, a chamada Época Cultural Egipto-Caldaica. Abrangia portanto uma vasta região habitada por inúmeras etnias, pagãs politeistas, congregados em grupos coesos e mutuamente hostis. Entre essas etnias prevalecia a consciência grupal, ou tribal, onde um líder poderoso garantia a união da tribo, em confronto com as outras. Era o ser humano coletivo desenvolvendo um eu grupal, uma alma-grupo, ensaiando decisivos passos para, mais tarde, alcançar a consciência do eu individual8. O paganismo politeísta prestava-se muito bem para atender as aspirações re

EXPLICAÇÕES

 Em meio a tantos absurdos acontecendo estes dias na Palestina, assistimos diariamente a longas argumentações desfiadas nos meios de comunicação para explicar ou justificar o genocídio praticado em Gaza pelo governo de Israel. Contudo argumentos brilhantes não mudam a lrealidade. No final a Verdade se impõe a despeito dos mais rebuscados raciocínios. A Verdade inconteste é que o povo judeu vinha sendo a vítima de perseguições de toda espécie. São duas palavras-chave: vítima e perseguição. A psicologia moderna já  reconhece que a vitimização sempre desencadeia uma série de ações persecutórias contra a própria vítima. o injustiçado e  o incompreendido. Pedagogicamente o terapeuta conduz o  seu cliente de modo a superar a necessidade compulsiva de se vitimizar. Uma vez curado da obsessão de se apresentar como o injustiçado e o incompreendido, o  paciente estará apto a assumir seu destino em suas próprias mãos. Deixará de ser um joguete das circunstâncias aleatórias. A solução final do pro

ILUSÃO

 A grande ilusão do momento é imaginar que Israel luta contra  os palestinos. Isso absolutamente não é verdade. O governo de Israel apenas encena a peça que luta contra Gaza para agradar seus eleitores que o mantêm no poder já no quarto mandato. Muito cuidado com o discurso. Israel jamais quererá varrer do mapa a Faixa de Gaza. Pelo contrário. Não é tão tolo assim. É preciso manter o inimigo vivo  e garantir o contínuo fluxo de dinheiro do contribuinte americano. São bilhões de dólares. É preciso também garantir o apoio dos ricos países da União Européia. Jamais quererá Israel varrer o Hamas e matar a galinha dos ovos de ouro. Antes era a OLP e Yasser Arafat. Este foi eliminado e a moderada Cisjordânia cooptada e neutralizada. Só temporariamente. Era urgente criar um novo inimigo, de preferência mais perigoso. Neste sentido é que Ariel Sharon, acompanhado de alguns auxiliares, caminhou num espaço sagrado aos islâmicos e provocou a violenta intifada, como planejado. .E em seguida a form

IMIGRANTES

É comum perguntarmos sobre nossas origens. Queremos saber algo dos nossos antepassados. No Brasil somos todos imigrantes, inclusive os índios. Todos emigramos de outros continentes e por várias circunstâncias, um dia aportamos por aqui. Neste país, outrora um   paraíso não habitado. No momento em que vários povos se encontram, aí começa o grande desafio: conviver com o diferente. Seria muito cômodo se todos fôssemos iguais e pacíficos. A realidade é outra. Numa colméia todos se ajudam e interagem, em perfeita harmonia. Porém se uma abelha estranha, por engano, chega ao alvado, é sumariamente eliminada. Para isso lá está a casta dos soldados, pronta para se defender e garantir a segurança da família contra intrusos.  O ser humano também é criatura, é fruto da Natureza, com o privilégio de ser a única espécie capaz de transcender o meramente natural. Habitamos um país bastante florestado, mas não somos obrigados a nos submeter à lei da selva. Nem mesmo ser apenas "o bom selvagem&q