ILUSÃO
A grande ilusão do momento é imaginar que Israel luta contra os palestinos.
Isso absolutamente não é verdade.
O governo de Israel apenas encena a peça que luta contra Gaza para agradar seus eleitores que o mantêm no poder já no quarto mandato.
Muito cuidado com o discurso.
Israel jamais quererá varrer do mapa a Faixa de Gaza. Pelo contrário. Não é tão tolo assim. É preciso manter o inimigo vivo e garantir o contínuo fluxo de dinheiro do contribuinte americano. São bilhões de dólares. É preciso também garantir o apoio dos ricos países da União Européia.
Jamais quererá Israel varrer o Hamas e matar a galinha dos ovos de ouro.
Antes era a OLP e Yasser Arafat. Este foi eliminado e a moderada Cisjordânia cooptada e neutralizada.
Só temporariamente.
Era urgente criar um novo inimigo, de preferência mais perigoso.
Neste sentido é que Ariel Sharon, acompanhado de alguns auxiliares, caminhou num espaço sagrado aos islâmicos e provocou a violenta intifada, como planejado.
.E em seguida a formação do grupo Hamas, radical.
O grupo assumiu o poder político na Faixa de Gaza, ameaçando varrer Israel do Mapa. Foi tudo bem calculado. O Congresso Americano manteve e ampliou o apoio político e financeiro à causa israelense.
E assim vinha sendo regularmente até duas semanas atrás, o inimigo mais ou menos mantido sob controle.
Foi quando a galinha de repente se manifestou como águia feroz.
Netaniahu queria apenas afrouxar a vigilância do Mossad e permitir uma leve ação do Hamas, suficiente para justificar uma forte reação do poderoso Exército israelense.
A forte ação do Hamas surpreendeu a todos.
Netaniahu errou nos cálculos e o resultado é o maior ataque nos últimos 75 anos. E não tem data para terminar, obrigando os EUA a oferecer seu maior porta-aviões para a defesa de Israel.
O mundo acorda para a realidade Palestina.
Subentende-se, a população, não os governantes. A grita do povo nas ruas vai acordando os dirigentes.
Leva um tempo para despertarem, assim como a OTAN levou 5 meses para acordar e iniciar , com restrições, o apoio à Ucrânia,O conflito árabe -israelense é uma réplica do conflito russo- ucraniano.
Putin também não esperava uma reação tão forte e uma guerra tão longa, contra um inimigo tão fraco.
A História tem ritmo.
É como a música: repete-se em diferentes oitavas.
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