SHALOM


Certamente a palavra mais bonita da  venerável língua hebraica, a do Povo Eleito de Israel.
Na verdade a paz sempre foi uma raridade na história do povo escolhido para trazer ao mundo o Messias Salvador, tal como anunciado por Isaías nos tempos do Antigo Testamento.
Carregando corajosamente a bandeira do Messianismo e do monoteísmo não é de admirar que esse povo fosse continuamente hostilizado por todos os outros à sua volta, os pagãos politeístas, praticantes da idolatria.
Graças às contínuas perseguições a que era submetido, o Povo Eleito pode desenvolver habilidades extraordinárias que o colocavam em posição de vantagem no confronto com seus adversários 
E assim transcorreu dolorosamente a evolução do Povo Eleito, até que finalmente chegou o grande momento longamente esperado: a vinda do Massias. No momento certo, quando as circunstâncias mais o exigiam, aparece Jesus diante de João Batista, no Rio Jordão, para ser batizado. Seguem -se os três anos em que Cristo Jesus realiza o seu feito, que culmina com a paixão, morte, ressurreição e ascensão aos Céus.
Consumava-se o Mistério do Gólgota, um acontecimento único que jamais se repetirá.
Contingentes da população convertiam-se à Boa Nova, vivenciavam a metanoia e se renovam para suas missões.
Uma parcela da população não aderiu ao Novo, permanecendo estática, fiel ao Antigo, coletivado, incapaz de receber o impulso crístico transformador, a força superior que habilita o Homem a transcender o meramente grupal e a desenvolver o "eu" individual.
A destruição do Templo de Jerusalém no ano 70 simboliza o fim de uma era e o início da diáspora, para aqueles que não acolheram o Messias. Estabeleceram-se em diferentes partes do mundo, formando núcleos religiosos compactos, minoritários, continuamente hostilizados pela respectiva vizinhança,em escala desproporcional. As contínuas perseguições condicionavam um crescente isolamento das comunidades judaicas, acompanhado de agudo quadro de uniformidade 
genética face aos relacionamentos consanguíneos.Desde 1945 não mais ocorreram holocaustos nem pogroms.
Desde então tiveram os judeus israelitas a grande oportunidade de integrar-se, miscigenar-se, prosperar e fecundar as diferentes culturas que os acolheram.
Diferente foi o destino escolhido pelos judeus israelenses. Optaram por instalar um Estado Judeu exclusivo na Palestina, com o firme propósito de criar ali as condições ideais para o advento do Messias.
Como o Messias já veio, ficam aí dois grupos religiosos submersos numa espera vã que jamais se realizará: os judeus israelenses esperam o Messias que já veio.
Os evangélicos esperam a volta do Messias num corpo físico.
Ficarão esperando por longo tempo.
Resta ainda um terceiro grupo religioso, o islâmico maometano,, para os quais não existe o Messias.
Só existe um Deus, e Maomé o seu profeta.
Quanto tempo durará a guerra religiosa?

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