GRUPALISMO


Como já repetimos aqui algumas vezes o Povo Eleito de Israel, o povo hebreu, também chamado o povo judeu, israelita, foi o povo
 escolhido para cumprir três missões cósmicas na História da Humanidade:
1) o monoteísmo
2) o pensar claro, lógico, matemático
3) o Messianismo
A esperança messiânica era uma característica básica do Povo Eleito.
Em algum momento surgiria no seio daquele Povo o Messias Salvador, trazendo um impulso 

totalmente novo para o ser humano.

Na medida em que a crise interna se agravava, mais necessário se fazia a realização daquela esperança.
Em vários pontos do Antigo Testamento é anunciada a vinda do Messias, criando-se assim na cultura do Povo uma grande expectativa de salvação.
A crise interna do Povo Eleito alcançava seu ponto máximo face à influência nefasta exercida pela classe dominante no Templo de Jerusalém. Eram os Fariseus, os Saduceus, os Doutores da Lei, os Escribas e seus adeptos. Uma classe privilegiada de letrados que manipulava a massa.
No momento de máxima necessidade surge na Terra Santa o Messias longamente esperado e imprime à marcha evolutiva da Humanidade um impulso totalmente novo: é o nascimento do eu individual.
A partir desse momento qualquer pessoa, independente de suas origens, pode acessar essa força e desenvolver seu pleno potencial interior, em liberdade.
A liberdade individual incluía também a casta privilegiada, dominante no Templo.
Também essa classe podia exercer seu direito de optar  livremente por permanecer no passado, fiel ao Antigo.
Escolheram não aceitar o Novo, ou seja continuar restrito a uma etnia religiosa, fechada a todas as outras. Foi a opção pelo grupo, uniforme, estereotipado, no estilo antigo.
Pouco tempo depois, no ano 70 de nossa era, o Templo de Jerusalém foi destruído pelos romanos. Simbolizava o fim de uma era.
Os adeptos do Antigo espalharam-se pelo mundo, na diáspora, estabelecendo colônias fechadas, unidas e coesas, severamente hostilizadas pelos povos vizinhos à sua volta.
Passaram-se mais 20 séculos de sofrimento e perseguição.
O anti-semitismo declarado foi o alto preço pago pelo Povo Eleito por não ter admitido, já no 1° século, que sua Missão Messiânica estava cumprida.
O martírio judaico perdurou até o século XX, culminando com o terrível Holocausto de seis milhões de judeus, sob o regime nazi-fascista, de 1933 a 1945.
Desde 1945 não mais ocorreram holocaustos, nem pogroms, nem anti-semitismo para os israelitas que optaram por romper os estreitos limites de uma etnia e integrar-se às diferentes culturas em que se abrigavam, em vários lugares do mundo, sobretudo no Brasil.
Muito diferente foi a opção da outra metade do Povo Judeu.Essa preferiu seguir a ideologia sionista de Theodor Herzl e emigrou para a Palestina, com o firme propósito de reconstituir, em pleno século XX, a mesma situação que vigorava havia 20 séculos atrás.
O Estado de Israel corporifica essa tentativa vã de reeditar, de reconstruir, de ressuscitar um estado de coisa arcaico, inclusive falando uma língua hebraica, morta, sobrevivente na Torá.
O resultado é o sofrimento contínuo a que permanece submetido o Povo Eleito, israelense, durante todo o tempo ameaçado pelo terrorismo e sempre obrigado a reagir com terrorismo multiplicado.
Quando 1400 israelenses morrem, 
9000 palestinos morrem, em retaliação.
É como dizia um líder do governo:
Israel não apresentará a outra face.
A incapacidade de perdoar é o pesado fardo que pesa sobre os ombros dessa facção israelense que optou por isolar-se.
Tudo isso simplesmente porque a ortodoxia religiosa continua imperando em Israel.
São os ortodoxos os responsáveis pela uniformização.
De longe é possível identificar uma colônia de ortodoxos, todos iguais, 
trajando a mesma roupa preta, o mesmo chapéu, a mesma barba, a mesma trança e o mesmo pensamento. O mesmo comportamento estereotipado.
A mesma atitude compartilhada pelo atual Primeiro Ministro Netaniahu, belicoso, e cujo filho não vai para a guerra, pois adere ao shalom.


Exatamente o contrário da modernidade.
Pergunta-se: Por quanto tempo esse arcaísmo ainda se sustenta?

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