O BIOINSUMO
O uso indiscriminado de bioinsumos induz o agricultor a uma acomodação, amparado nas cambiantes diretrizes, as quais também mudam ao sabor das diferentes visões dos gestores, os normatizadores. O proibido passa a ser permitido e obrigatório, e vice-versa. O agricultor trabalha amparado na última edição das diretrizes, versão brasileira.
Houve épocas em que se usavam intensamente os biofertilizantes líquidos foliares, os supermagros e os EMs, em lugar dos fertilizantes sólidos, terrosos, radiculares.
O desafio hoje , do agro (ager,agri, o campo, o terreno), é desenvolver a terrosidade (Erdigkeit) e não a aquosidade (Wässrigkeit), associada às forças da Lua (vide Curso Agrícola, 6º Capítulo, Rudolf Steiner, Ed. Antroposófica, pag. 157,1993).
A aquosidade reinou absoluta na Antiga Lua, na terceira fase da evolução da Terra e do Homem, segundo a Ciência Espiritual Antroposófica.
Até na quarta fase da evolução, na nossa atual Terra, sólida, a aquosidade ressurgiu, temporariamente, como uma das três breves repetições das três fases anteriores, a calórica, a gasosa e a líquida.
Agora, já no século XXI, apelar quotidianamente para fórmulas industriais hidrossolúveis e hidropônicas, bem como para defensivos alternativos para interferir nos processos vivos, isso significa andar para trás, involuir da terra para a água, e não evoluir, da água para a terra, obedecendo-se à "lógica", ao "logos" da evolução, e não unicamente à letra morta da Lei.
No quesito "ervas más", o imperativo hoje não é exterminá-las sumariamente como ervas malditas, e sim manejá-las cuidadosamente como plantas benditas, dotadas de extraordinárias virtudes curativas e grande poder extrator e transmutador de elementos, a serviço do solo, do crescimento e da defesa vegetal.
A Natureza não produz veneno, produz remédio . Mesmo a mais daninha erva, devidamente manipulada farmacologicamente, aplicada em doses mínimas, homeopáticas, pode ser um santo remédio.
Até o "lachesis", o veneno da cobra surucucu, é remédio, para problemas de circulação sanguínea, dor, inflamação, ansiedade, tristeza e depressão. São conceitos médicos que transcendem a leviana lei dos homens regulamentadores.
Na Segunda Epístola aos Coríntios, Cap.3:6, Paulo fala claramente que " somos idôneos Ministros do Novo Testamento, não pela letra, mas pelo Espírito, porque a letra mata, o Espírito vivifica."
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