AMAZÔNIA



Discussões exaltadas ressoam por toda parte em torno do grave problema ambiental que nos atinge neste momento: a desertificação da Amazônia.
São vários os protagonistas deste drama: madeireiras, mineradoras, garimpeiros, pesquisadores, ONGs, fiscais, Governo, indígenas, agronegócio, pecuaristas, moradores, opinião pública, ambientalistas etc.
Quero dar aqui uma contribuição para o debate.
O que se percebe é que existe uma unanimidade quanto aos recursos amazônicos: eles devem ser explorados.
Ouso defender uma posição diferente.
Para a economia convencional todo recurso natural existe para ser explorado, à exaustão. Assim pensam os madeireiros e os mineradores, entre outros. Não reconhecem que os recursos são finitos, limitados. Jamais poderão sustentar um progresso contínuo. Não percebem os limites do crescimento.
Toda jazida mineral, uma vez esgotada, deixa em seu lugar um imenso buraco, uma cratera. Esse espaço vazio tende a ser ocupado pela massa de terra ou rocha adjacente.
A movimentação de camadas geológicas na profundidade repercute na superfície. São as "catástrofes naturais."
Dois eventos recentes comprovam essa tese: Mariana e Brumadinho. São duas bolhas que estouraram, fazendo antever tantas outras, em potencial.
A mesma sanha exploratória prevalece na Região Norte.
O discurso corrente é que a Amazônia é brasileira e o Brasil é que vai regulamentar a exploração e promover o progresso.
Eis aí o engano.
A Amazônia é patrimônio da humanidade. A população mundial depende de uma atmosfera equilibrada composta de 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e 0,03% de gás carbônico. A floresta garante essas proporções.
E também as jazidas minerais estão cada uma estrategicamente localizadas no corpo da Terra para garantir, por suas irradiações, o equilíbrio eletro-magnético do planeta como um todo.
Cada jazida esgotada é um desfalque neste sistema inteligentemente montado para assegurar o balanço energético do organismo vivo Terra.
Concluindo podemos afirmar: a Amazônia é um patrimônio universal a ser mantido a qualquer custo, caso contrário arcaremos todos com as consequências de nossa estreiteza de visão.

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