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Mostrando postagens de setembro, 2023

CONTRADIÇÕES

Um hábito difícil de superar é o comportamento contraditório. Pregar uma coisa e praticar outra. Há 20 anos atrás Lula fez seu primeiro discurso na ONU. Ao todo proferiu oito discursos naquela tribuna. Agora cumpre seu terceiro mandato. Se somarmos 1,5 mandato de Dilma, obteremos 4,5. Em seu 3°, 4,5° mandato pronuncia seu nono discurso na ONU, batendo quase nas mesmas teclas: desigualdade, pobreza, fome, protecionismo, democracia. Critica os ricos, os países e os empresários, únicos responsáveis pelas mazelas do Mundo. Mas Lula tem agora, no Brasil, sua 3° ou sua 4,5° oportunidade de fazer diferente, item por item. No elogiado BRICS vai conviver com Irã e Arabia Saudita, islâmicos que discriminam a mulher. Desigualdade. Em seu 3° ou 4,5° mandato o Brasil continua desigual e injusto, contrastando-se o nordeste e o sudeste. A fome continua uma realidade como há 20 anos atrás. E o companheiro Putin bloqueia o transporte de grãos para a África. Rússia e China, duas ditaduras declaradas

NÃO SABIA

Uma frase recorrente do Presidente é o bordão:"Eu não sabia." O Presidente não sabia que, ao lado do seu gabinete, funcionava o gabinete paralelo do mensalão e do petrolão. Ele não sabia. Não sabia sob que condições a sucateada Refinaria de Pasadena fora comprada por Dilma. Também não sabia. Não sabia as circunstâncias que envolviam o triplex e o sítio de Atibaia. Não sabia nada. Só usufruía. Não sabia e continua não sabendo muita coisa. Não sabia da existência do TPI, o Tribunal Penal Internacional de Haia. Não sabia que o Brasil era signatário do Acordo de Roma. Até hoje não sabe porque o Brasil assinou e os Estados Unidos não. Ele quer saber. Mesmo sem ter o hábito do estudo, ele vai estudar o assunto e fundamentar seu desligamento a fim de permitir que seu amigo Putin possa transitar livremente em nosso território. É só o que ele quer saber. Não sabe como cobrar e receber o ressarcimento de empréstimos feitos a Cuba, Venezuela e Moçambique. Reconhece que não sabe. Não sab

A BOLHA

Toda bolha tem suas limitações. Não pode inflar-se indefinidamente. Caminhando com um sapato apertado, ganhei uma bolha no pé. Dolorida. Quando tirei o sapato para me aliviar, era tarde demais. Já tinha vazado. Assim foi a bolha novaiorquina de 1929 e a bancária de 2008. A bolha chinesa vem-se inflando há bastante tempo. O boom econômico resultou na febre construtora, fazendo surgir inúmeras cidades fantásticas, fantasmas, repletas de arranha- céus, às moscas. A política do filho único gerou um déficit populacional, incapaz de preencher os vazios. Investimento virou especulação. É a economia planificada socialista imitando o comportamento liberal capitalista. Ante a crise iminente a China busca duas saídas de emergência: BRICS e Rota da Seda. As duas se comunicam e confluem para a meta: o domínio amarelo.  Está na Constituição. A segunda economia do mundo investe maciçamente em países pobres estratégicos. Constrói portos, aeroportos, rodovias, ferrovias, energia etc. E fica esperando,

JUSTIÇA

A Justiça brasileira, como é toda estatal, é morosa por natureza. Uma exceção foi o Juiz Moro, apesar do nome. Agiu rápido e pela primeira vez prendeu políticos e empresários corruptos  A exceção confirma a regra. A segunda exceção foi a ação rápida do TSE ao cassar Dallagnol, o braço direito de Moro. E o próprio Moro já está na lista como próxima vítima. Morosidade ou agilidade são escolhas da Justiça brasileira. Se o cidadão quer enviar um objeto pode fazê-lo pelo Correio, burocratizado, ou não. Haja PT para impedir a eficiência dos serviços. Porém é ágil para aumentar impostos, criticar empresários bem sucedidos, embora sejam bons empregadores,  e requerer um Aerolula mais moderno com suite privativa. O PT é ágil também em financiar portos e metrôs em ditaduras amigas, com nosso dinheiro. BH espera pelo Metrô. Metade do país não tem saneamento básico. Cuba, Venezuela e Moçambique devem, não negam e não pagam. O exército é estatal e falho. Não vigia as fronteiras contra os traficante

PÚBLICO PRIVADO

O cidadão brasileiro confronta-se frequentemente com a opção de recorrer ao Serviço Público ou ao Serviço Privado Quando adoece pode recorrer ao SUS ou a uma Clínica Particular. Se opta pelo SUS a espera dura 40 dias, se não ocorrer o óbito antes do prazo. Se escolhe o particular, o atendimento é imediato, o que resulta em menor custo de tratamento e curta convalescença. No tempo dos orelhões o público podia recorrer ao emperrado telefone público. Ou senão investir pesado num telefone particular e concordar com a precariedade do serviço. Veio um governo de meia-esquerda e privatizou as teles, enfrentando forte resistência da extrema esquerda radical. Hoje a esquerda estatizante usa e abusa das telecomunicações. As estradas federais, mal conservadas, foram substituídas por modernas rodovias privatizadas.  Mas o motorista continua pagando pedágio particular e imposto federal para custear a manutenção.

A MOEDA

Num passado distante vigorava a Economia de Troca,  o escambo. Era uma forma de viabilizar as transações comerciais. O produto era o meio de pagamento. Se eu tinha arroz e o vizinho feijão, então trocávamos arroz por feijão e vice-versa. Ambos saíamos  satisfeitos. A humanidade evoluiu e as trocas se complicaram. Surgiu a necessidade de um meio de pagamento, diferente do produto. Vários metais passaram a ser usados, os mesmos que constam hoje na Tabela Periódica, cada um com o seu número e seu peso atômico. "Peso" era a palavra-chave. Os nobres metais viabilizaram enormemente as transações. Sem eles seria impossível comercializar. Era o ouro, a prata, o cobre. Eram nobres metais usados até hoje como sinônimos de dinheiro. A evolução continuou, paralela à complexidade. Surgiu então o "papel-moeda", um simples papel impresso, lastreado no ouro. O papel em si é leve, não tem peso. Porém marcado com o símbolo da Casa da Moeda , ganha valor, ganha peso. "Argentum&qu

CHINA

O mundo inteiro está preocupado com a China, passando por uma grave crise. A milenar cultura chinesa viveu longos períodos de escassez. Esse quadro calamitoso persistiu até o sec. XX, motivando então uma revolução.  A partir de 1949 a História da China se subdivide em três partes: 1)Fase Mão--  o revolucionário assume o poder e o compromisso de mudar a sociedade. Era um ideal louvável. Porém as opções de Mão conduziram-no ao fracasso. Optou pelo comunismo marxista radical. Primeira contradição: de um lado a convicção da superioridade amarela oriental, de outro a adoção de um modelo nascido no Ocidente em 1848. Mao aboliu a propriedade privada, aboliu a liberdade, impôs severa disciplina, eliminou inimigos,  e decretou a política do filho único. Nacionalismo exacerbado era sua marca registrada. Como não há mal que perdure, Mao também não perdurou. Iniciou-se a segunda fase 2) Fase Deng - Este assumiu o poder com uma proposta totalmente contrária. Abriu o país para o capital estrangeiro,

Александр Невский

 Obra-prima da cinematografia soviética foi o filme "Alexandre Nevsky",dirigido pelo genial Sergey Eisenstein, com magistral trilha sonora de Sergey Prokofief, e lançado em 1938, com o apoio hesitante de Stalin. Por que "hesitante"? Porque a Stalin, comunista patriótico, interessava propagar o glorioso passado da Rus. O patriotismo para derrotar os inimigos do povo. Por outro lado, naquele momento, nos idos de 1938-39,   o grande aliado de Stalin era o nazi-fascista Hitler, o austríaco camuflado de alemão. E Alexandre Nevsky era o grande herói da antiga Rus, que comandara o povo rus na campanha contra os suecos e depois contra os alemães, os Cavaleiros Teutônicos que,  em 1240, invadiram a Rus para convertê-la, a ferro e fogo, para o cristianismo romano. O pacato Alexandre, príncipe e pescador no Rio Neva, foi novamente chamado a liderar seu povo simples contra os bem armados Cavaleiros Teutônicos, alemães. Sua simplicidade, aliada à genialidade, foram decisivas na

INFÂNCIA

A humanidade continua debatendo-se em busca de uma solução final para a questão social e a miséria humana.Louvável é o idealismo de tantos, jovens e velhos, incansáveis na realização de seus sonhos."Le bon sauvage", o bom selvagem de Rousseau, era o homem feliz, integrado à Natureza, sem muros e sem cercas, em paz consigo mesmo e com o mundo.Era a condição paradisíaca que lhe oferecia tudo, graciosamente.Ou melhor, quase tudo.Havia uma restrição: o Fruto Proibido da Árvore do Conhecimento, a maçã, o "malum", fruto do "malus", a macieira.Aquele estado de beatitude infantil poderia até durar para sempre. A inocente ingenuidade garantia sua bem-aventurança.Quis porém o destino que aquele homem pueril, plenamente uno com o Todo, em sua infantilidade, em dado momento, cedendo à tentação serpentina, simplesmente  cobiçou comer a maçã. Seu único pecado: cobiçou conhecer.Naquele momento abriram-se- lhes os olhos, envergonharam-se de sua nudez, tiveram medo, escond

DESESPERO

A incopetência putiniana fica cada vez mais evidente. A desastrada aventura especial na Ucrânia esgotou as reservas em equipamento bélico. Como Putin está isolado do mundo, até mesmo do ruidoso BRICS, o desesperado  psicopata Putin recorre à Coréia do Norte, seguramente um dos países comunistas mais pobres e fechados do planeta. A Guerra Quente com a Coréia do Sul foi interrompida em 1953 e a Guerra Fria permaneceu, apoiada pela China e União Soviética (Rússia). Por outro lado a Coréia do Sul, livre, democrática e apoiada pelo Ocidente, desenvolveu-se extraordinariamente. São conhecidas as marcas SAMSUNG HIUNDAE etc. As marcas da Coréia do Norte são a opressão, o atraso e o alto  investimento bélico, seguindo o tradicional modelo comunista: investimento pesado em indústria bélica em detrimento da população.  Em seu desespero Putin, esvaziado em vários sentidos, recorre à Coréia do Norte, na esperança de obter ainda um parco suprimento emergencial. Nem isso lhe será possível. A Coréia d