A ESPERANÇA

        

       Zelensky acaba de executar uma jogada de mestre no xadrêz político: conseguiu dobrar o inflexível Trump. Num só lance engoliu o rei e ganhou a partida.  Foi em Roma, silenciosamente, durante os funerais do Papa.

       Todos sabíamos das preferências de Trump pela Rússia e de sua obsessão  em abandonar Zelensky, apoiar Putin e conduzi-lo à vitória. E assim encerrar a guerra e candidatar-se ao Prêmio Nobel da Paz.

       Como explicar que o presidente da maior democracia do mundo pudesse apoiar um ditador cruel, em vez de apoiar a Ucrânia, invadida e destruída pela segunda ou terceira  maior potência nuclear do globo. Como entender tamanha contradição?

       Como entender o incrível paradoxo do irrestrito apoio de Lula e de Bolsonaro ao mesmo ditador Putin em sua insana ambição de conquistar mais território e acrescentá-lo ao seu imenso império de 17 milhões de km2?

       Até ontem os três, Trump, Lula e Bolsonaro, torcendo e agindo a favor da derrota ucraniana. Pergunta:: O que esse três teriam em comum com o czar russo Vladimir I o Putin?

       Resposta: o despotismo.

       Os três, elevados à condição de Chefes de Estado, democrático, sonham, todas as noites, em estabelecer-se como monarca, absoluto e vitalício.

       O americano  tentou o golpe do Capitólio de 6 de Janeiro. O brasileiro tentou o golpe do Palácio de 8 de janeiro. Não são coincidências. Os dois queriam perpetuar-se no poder.

       O americano ainda conseguiu o segundo mandato e almeja o terceiro. O brasileiro ainda não conseguiu. Porém, da UTI, comove o seu eleitorado e não desiste.

       O Lula, em seu terceiro, na prática em seu quinto mandato, ainda ambiciona o sexto e a vitaliciedade. Obcecado,  não percebe o seu próprio desgaste.

       O grande ídolo dos três citados é o czar Vladimir I, encastelado no Kremlin há 25 anos, com a garantia constitucional de ali permanecer até 2036, pelo menos.

       Quanta inveja o ditador russo de lá não desperta em seus três colegas de cá?

       Porém ontem, no último dia do mês, véspera do Dia do Trabalho, Trump desembarca da troika e assina um acordo  com Zelensky: vai explorar as Terras Raras e, em contrapartida, pagará o preço justo, fornecerá armamentos e reconstruirá a Ucrânia com empresas americanas, sob administração compartilhada.

       Só agora Trump começa a revelar-se um Presidente digno de seus antecessores Roosevelt e Truman.

       Foi a nação americana que elaborou e executou o Plano Marshal e reconstruiu o Japão e a Alemanha, duas vítimas da insânia nacional-socialista.

       A Rússia de Stalin preferiu excluir-se e optou por alimentar a Guerra Fria por mais 45 anos, até colapsar.

       Esperamos agora, finalmente, o Fim dessa História, a vitória e a reconstrução da Ucrânia, sua integração pacífica à Europa, e na Rússia o fim de um milenar ciclo de repressão e o alvorecer de uma nova era  de paz e prosperidade, longamente aguardada  pelo valoroso e sacrificado povo russo.

       Quem sabe, logo poderemos proclamar: 

         VALEU A PENA ESPERAR.

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