A PARADA

 

       Acabamos de assistir ao pomposo espetáculo do desfile militar de Nove de Maio na Praça Vermelha, em Moscou.

       O pretexto é comemorar a Vitória na Grande Guerra Pátria contra o nazifascismo alemão.

       O motivo real é impressionar o público, promover  o militarismo e justificar as campanhas imperialistas. O potentado russo torce a História, vende o passado e compromete o futuro.

       Louve-se o esforço dos soldados em reproduzir as grandes marchas realizadas na Praça de Nurembergue, no auge do nazifascismo alemão. É visível que o soldado russo de hoje não alcança aquela perfeita uniformidade de movimento, aquela ordem unida própria do belicismo nazi.

       Felizmente a "alma-grupo", a absoluta uniformidade não consegue manifestar-se plenamente entre os russos, a despeito de todo o esforço por parte das autoridades em aniquilar a individualidade.

       Um progresso há que registrar-se na flexibilização do caráter, na superação do estereótipo absoluto, na criação de um espaço para a individuação, inexistente no original.

       Na Praça Vermelha tenta - se exibir um aparato bélico para impressionar os incautos, motivar a massa e justificar o imperialismo. Já era assim em tempos passados, continuou sendo no século XX e XXI, o jogo das aparências, a mera simulação.

       No campo de batalha a realidade é outra. Ali vigora a verdade.

       A Operação Militar Especial, destinada a ser rápida e fulminante, degenerou-se numa guerra brutal, arrastando-se em seu quarto ano, apenas para satisfazer a megalomania de um ditador.

       Logo logo o valoroso povo russo há de se livrar da tirania e iniciar um novo ciclo de liberdade e prosperidade.

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