O PERIGO
Todo autocrata é terrivelmente perigoso por sua própria condição de insanidade.
O despótico absoluto torna-se ainda mais perigoso quando começa a sentir que seu poder está em declínio, está em queda livre. Aí ele se torna mais imprevisível, ousado e errático.
Comecemos aqui pelo pior, o novo Czar Vladimir I, o Putin. Ao perceber os estertores de seu regime, apela ainda mais para o absurdo e decreta a convocação de mais 134 mil cidadãos para se sacrificarem na Ucrânia. Tendo o cuidado de explorar as populações menos favorecidas, as mais afastadas e mais enraizadas em suas terras de origem, justamente as colônias conquistadas pelos czares em séculos anteriores e conservadas pelos novos czares do século XX e XXI.
O mesmo desespero que se abateu sobre os czares da dinastia Romanov e sobre os donos do poder na decadente União Soviética durante os 10 anos de guerra no Afeganistão, o mesmo sintoma aparece no atual mandatário, incapaz de enxergar a gritante realidade à sua frente.
Esforça-se ao máximo para alistar cidadãos de outras etnias, não-russas, cidadãos coreanos e cubanos, tudo para manter ilesos os cidadãos moscovitas e sãopeterburguianos, duas castas privilegiadas, intocáveis.
Nas Américas, Trump, depois de muito fanfarronear como grande pacifista e de inscrever-se para ganhar o Nobel, exige de toda a OTAN o máximo de orçamento militar e mais fregueses para sua indústria bélica.
Agora, finalmente, anuncia a invasão da Venezuela, depois de se omitir totalmente nos quatro anos de primeiro mandato e nove meses no segundo.
Seu pacifismo é de tal ordem que o motiva a partir com suas tropas para "pacificar" a Venezuela, quem sabe também o Panamá, o Texas, a Colômbia e até o Brasil.
Sua impresibiidade é infinita, ainda mais quando seus eleitores, agricultores, perdem suas safras, operários perdem o emprego, oligarcas mudam de domicílio e hispânicos perdem o visto, justamente os que assumem tarefas mais rudes, impróprias para os louros americanos.
Resta agora a maior dúvida: o que esperar de Netaniahu após 12 dias de invasão iraniana e evasão de 700 mil israelenses, que retornam à diáspora.
A moderna medicina reconhece: o paciente terminal é o que mais exige cuidados paliativos.
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