O ANJO

 

       Contemplando objetivamente os quatro reinos da Natureza, o mineral, o vegetal, o animal e o humano, identificamos em cada um deles um nível de consciência compatível com sua essência.

       No ser humano reconhecemos o nível de consciência de vigília, diurna, desperta.

       Imediatamente abaixo situa-se o reino animal caracterizado por sua consciência de sonho ou sono superficial. É a chamada consciência onírica.

       Um exemplo bem claro é o da vaca quando exercita a ruminação. Ela dorme superficialmente, ela sonha, entregue ao seu metabolismo.

       Logo abaixo temos o reino vegetal, também dotado de um modo de consciência equvalente ao sono profun do coma profundo.

       Finalmente temos o reino mineral, igualmente portador de uma consciência elementar profunda própria dos minerais.

       A valência característica de cada elemento constante da Tabela Periódica dos Elementos, é responsável por sua afinidade química e que os distingue como elemento masculino, de valência  positiva, ou elemento feminino, de valência negativa.

       Cada elemento revela um comportamento característico fundamentado em grande parte na sua valência.

       A exceção confirma a regra. São os poucos gases nobres, elitistas, exclusivistas, isolados de todos os outros, adotando um comportamento associal próprio do nível de consciência que eles manifestam.

       Existe portanto uma diferença entre o nível de consciência de um reino e do outro imediatamente superior. Essa distância aumenta na medida em que galgamos os degraus  nessa escala de fenômenos.

       Algumas plantas manifestam visivelmente seu grau de consciência, por exemplo ao reagir ao toque. É o caso da urtiga. Ao menor contato, ela libera um ácido urticante  que origina um edema doloroso que pode durar horas.  Assim também a dormideira, a planta carnívora e outras, capazes de reagir a um estímulo externo.

       Na planta o sistema radicular é o seu sistema neuro-sensorial, capaz de perceber, selecionar e dosar os nutrientes conforme suas necessidades específicas e individuais. São vestígios  da consciência própria do vegetal.

       Entre o vegetal e o animal abre-se uma distância maior. Maior ainda é a distância nos níveis de consciência entre o animal e o homem.

       São portanto quatro reinos dotados de consciência compatível com o seu ser. Representam quatro hierarquias diferenciadas.

       As quatro hierarquias do mundo visível material ocultam, cada uma delas, uma realidade espiritual que se manifesta materialmente visível aos nossos olhos.

       Logo acima do homem começa a mundo das hierarquias  puramente espirituais,angelicais, que jamais penetram a exisgência física.

       O ser humano ocupa o limiar e participa dos dois mundos. É um ser espiritual dotado de um eu, livre e responsável, encarnado no corpo físico  para atuar concretamente no mundo.

       Amanhã daremos continuidade a esse tema.

portador de uma consciência