OS CONDUTORES

 

       Ultimamente tem-se falado muito em Terras Raras por suas raras propriedadees condutoras, seu magnetismo e suas aplicações em painéis solares, aparelhos eletrônicos e em medicina anti-câncer.

       Essas Terras são hoje altamente cobiçadas por Donald Trump, que não admite, em hipótese alguma, perder a liderança mundial no setor.

       Para garantir para si as tais Terras Raras, Trump se dispõe até a aliar-se a Putin, mesmo correndo alto risco de traição.

       Putin, por sua vez, garante a Trump que, uma vez vitorioso, fornecerá as Terras Raras ucranianas para ele, Trump, seu maior inimigo, e não para Xixi Ping, seu eterno amigo atual.

       Para garantir as benditas Terras Raras, Trump acena também para Zelensky, na esperança de receber as preciosas Terras, gratuitamente, em pagamento pela ajuda militar concedida ao país de Zelensky.

       O Presidente ucraniano já disse: Não, Terras Raras não.

       Raramente alguém ousa dizer não a um poderoso chefão. Zelensky percebe a realidade como ela é e tira de letra.

       Trump, indeciso e claudicante, permanece tateando no escuro, satisfeito com as trevas. Nem sabe o de que está falando.

       As Terras Raras possuem nomes raros, que raramente alguém jamais ouviu.

       São semicondutores  que oferecem certa resistência à passagem da corrente elétrica.

       Começa pelo gálio e pelo germânio, de número atômico 31 e 32.

       Continua pelo escândio e pelo ítrio, de números 21 e 39.

       E termina pelos lantanídeos, que incluem o lantânio (57), o cério (58), o praseodímio (59), o neodímio (60), o promécio (61), o samário (62), o európio (63), o gadolínio (64), o térbio (65), o disprósio (66), o holmo (67), o érbio,(68), o túlio (69), o itérbio (70) e o lutécio (71).

       São semi-condutores,  que oferecem pouca resistência à passagem da corrente elétrica. Nenhum deles é não-condutor, isolante, que impeça o fluxo elétrico. Um deles, o ítrio, é usado para produzir super-condutores, que não oferecem resistência à corrente elétrica.

       Todos eles ocorrem parcimoniosamente, em diferentes lugares, estrategicamente distribuídos, para garantir o equilíbrio magnético do corpo vivo Planeta Terra.

       Na medida em que esses elementos vão sendo explorados pelas  mineradoras, o organismo vivo Terra vai sendo paulatinamente desprovido de suas Terras, tornando-as cada vez mais Raras. As informações vitais que fluem pelos diferentes polos, perdem seus canais condutores. e mais que tudo, os canais semi-condutores. 

       Como é possível imaginarmos um organismo onde os diversos órgãos estão desconectados.

       A tecnologia, até a mais avançada, não prescinde dos elementos que a compõem.

       Tudo isso é primário e evidente.

       O problema maior é o ser humano que usa a tecnologia sem nenhum assombro pela singularidade que ele manuseia. É tudo tão óbvio. Basta  apertar um botão. Aridamente o usuário usa, e não se comove.

       É como uma pessoa que descasca uma banana sem atentar para o fato de que  aquela casca e aquela banana são a expressão fiel de um arquétipo espiritual, de uma imagem arquetípica que se imprime no DNA, a impressão gênica, que se transcreve no RNA e que finalmente se traduz na casca e na banana, a própria expressão gênica, decodificada, do código genético, impresso no DNA, originário do arquétipo espiritual.

        A língua alemã, a lingua da filosofia, tem duas palavras para designar as duas pontas: URBILD, a imagem original, espiritual, e ABBILD, a imagem final, material.

       

       É preciso ser  simples para captar a grandeza do fenômeno.

       Este é o perigo: o homem perder o dom de admirar  como uma criança.

       Porém, se o homem voltar a ser criança, então ele será digno do Reino dos Céus.