A AMAZÔNIA

 

        Desde que o mundo é mundo, ou se quisermos, desde que o Brasil é Brasil, a Amazônia vem sendo explorada, gradativamente.

       Antes de 1500, as populações indígenas viviam em guerra umas contra as outras, em busca de mais território para garantir sua sobrevivência,  pela prática do extrativismo. Quase não cultivavam a terra para garantir seu próprio sustento. Viviam dos frutos da floresta, da caça e da pesca.

       Era o Jardim do Éden.

       Após 1500 a prática extrativista se intensificou.

       Veio então o ciclo do pau-brasil, do cacau, etc. Os extrativistas locais, tradicionais , foram paulatinamente deslocados e substituídos pelos neo-extrativistas europeus, em conluio com os mercadores da metrópole.

       As gerações se sucederam e o quadro se agravou, fazendo surgir o jargão: "A Amazônia é nossa."

       Nossa Ministra do Meio-ambiente, ambientalista militante, foi demitida, abrindo mais espaço para  extrativistas, para transgênicos e transgêneros, sob os auspícios das autoridadeas.

       Após quatro mandatos da esquerda, sobe ao Palácio a extrema-direita, esbravejando o mesmo discurso: " A Amazônia é nossa." Não é mais dos índios nem das ONGs. É nossa.

       E o novo Ministro do Meio-ambiente, sob o pretexto de salvar a floresta, instala ali a sua empresa para explorar a madeira e exportar para os EUA, com a conivência das autoridades.

       Sob a nova gestão,esquerdista, a antiga Ministra retorna ao cargo, dessa vez sem mais implicar com os vitoriosos transgênicos-transgêneros. Os incêndios se alastram, abrindo o terreno para a exploração do sub-solo e seus minérios.  Descobriram até petróleo, óleo de pedra, na foz do  Amazonas.

       Porém nem tudo está perdido. Já se realizaram 29 Congressos Internacionais em diversos países do Globo Terrestre.

       Depois de um curto inter-regno, o Brasil volta a assumir um protagonismo ambiental e se prepara para sediar o Trigésimo Congresso Internacional, a COP-30,  desta vez no meio da Amazônia, em Belém do Pará.    

       

       Em nosso Estado estamos realizando encontros regionais com vistas ao encontro estadual em São Paulo. para o qual eu próprio fui eleito Delegado, não de Polícia, mas  representante de meu Município,  Holambra.

       O encontro de São Paulo será o trampolim para o Encontro Nacional em Brasília. do qual alçaremos vôo até Belém do Pará. 

       E não vai parar aí.

       Estamos todos atentos ante as perspectivas de toda essa mobilização,  municipal, estadual, nacional e internacional, participando efetivamente do processo.

       A sabedoria popular alemâ declara: "Der Kerl lügt wie gedruckt." 

       No Brasil: "Papel aceita tudo."

       Vamos reciclar esse papel e trazê-lo à tona, com toda a força dos recicláveis.