A COMPETÊNCIA

 



       A primeira obrigação de toda empresa estabelecida, bem como de todo cidadão normal, é ser financeiramente saudável. A saúde financeira é prerrequisito para a existência de qualquer pessoa, física ou jurídica.

       Ao fim do ano contábil toda pessoa ou empresa deve estar no azul, ou pelo menos no verde. Se a pessoa já amarelou, ou pior ainda, já entrou no vermelho, essa pessoa ou essa empresa, está inadimplente. A pessoa quebra, vai à bancarrota e abre falência. Deixa de existir como um ente ativo e produtivo. Torna-se um peso para o restante.

       É a lógica da vida social: a maioria, jovem e ativa, garante a sobrevivência da minoria, inativa.

       O Governo, em suas diferentes abrangências, federal, estadual e municipal,  adm

       O governo administra os recursos disponíveis e mantém o setor público em funcionamento. 

       O governo da nação, que nada produz,  apenas impõe taxas e arrecada os tributos impostos às pessoas e às empresas.

        Através do tributo, imposto obrigatoriamente à sociedade, o Governo é sócio de todas as pessoas e de todas as empresas que estejam funcionando no azul.

       É aí que mora o paradoxo. A nação, constituída de membros financeiramente habilitados, termina todo ano no vermelho, inabilitada.

       As contas públicas não batem. A Empresa chamada Governo gasta mais do que ganha, consome mais do que arrecada, e vive no vermelho.

       Assim como um cidadão , em situação pecuniária difícil, recorre ao empréstimo bancário na emergência,  e assume o compromisso de saudar a sua dívida logo que possível.

       Da mesma forma, a empresa pública "Governo", sócia de todas as outras empresas e de todos os cidadãos, também recorre ao mercado financeiro, nacional e internacional, e contrai dívida, interna e externa, para, paliativamente, cobrir os rombos nas contas públicas.

       No ano seguinte, repete-se o artifício. O montante da dívida cresce, crescem também os empréstimos, pagos a juros fixados pelo Banco Central do Brasil, cujo presidente é nomeado pelo próprio Presidente da República, para calcular a taxa de juros paga pelo Governo.

       Quanto maior for o endividamento estatal, maior será a taxa de juros, fixada para incentivar os bancos a emprestarem mais para o Governo. a um risco maior.

       O Governo não pode declarar falência, pode sim continuar deficitário, assumindo sempre mais dívidas para pagar os juros da dívida vencida, num eterno círculo vicioso.

       Qualquer cidadão, ao conscientizar-se da situção vigente na sociedade em que vive, pode desesperar-se. Porém o desespero,sozinho não resolve nada.

       Pergunta-se: Quem é o dono da Pedra Filosofal capaz de propor uma solução?

   

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