A ABELHA


Até a década de 40 a apicultura brasileira não progredia devido às raças européias trazidas para regiões tropicais e subtropicais.
Na década de 50, mais precisamente em 1956, foram importadas as abelhas africanas adaptadas a condições mais severas, aos rigores do verão. Eram mais eficientes, mais produtivas, trabalhadoras, habituadas a acordar mais cedo e a dormir mais tarde. A proposta era promover um melhoramento genético das nossas abelhas através de um choque afrotropical controlado.
A intenção era boa.
Porém, em dado momento, aconteceu um vazamento, acidental ou intencional, de enxames africanos que se espalharam por toda parte, ameaçando até ultrapassar as nossas fronteiras.
A maior produtividade era proporcional à maior agressividade. Eram mais melíficas, mais prolíficas e menos pacíficas. Muitos apicultores até abandonaram a atividade,   pois corriam risco de vida (de morte).
A africana, de cor clara, batia até a abelha preta, alemã.
Felizmente a africanização foi paulatinamente atenuada,e hoje a apicultura brasileira pode progredir, contudo apenas em áreas não contaminadas por pesticidas, herbicidas, transgênicos e agronegociantes.

Comentários

  1. Seu João, com todo respeito e honra a quem cria as Apis, penso que numa visão mais espiritual devemos retornar a criação de nossas Neliponas, nativas e sem ferrão. Elas cumprem melhor o papel de polinização, além de esbalecerem um convívio em harmonia com todo o organismo agrícola biodinamico

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    1. Concordo com você Valter. Também reconheço o inestimável valor das abelhas nativas sem ferrão. Produzem um excelente mel e não trazem nenhum risco ao apicultor.
      Elas complementam perfeitamente o trabalho das outras, africanizadas. Estas são mais prolíferas, produzem mel, cera, geleia real e veneno, um excelente anti-inflamatório.
      A diversidade contribui para a sustentabilidade.

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