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Mostrando postagens de dezembro, 2022

O CHOQUE

Ante um choque de realidade a vítima tem duas opções: 1) conforma-se à realidade e segue a vida. 2) resiste à mudança e cria uma pseudo-realidade paralela, fiel à ilusão que acalentava até então. Este segundo caso não abre mão de sua irrealidade , visto que não suporta o peso dos fatos. Este opta por continuar iludindo-se. É uma patologia que ocorre frequentemente, no individual e no coletivo. Neste exato momento vivemos esse fenômeno, aqui e alhures. Uma parte da nossa população, submersa em sono profundo, contesta as eleições. As últimas. Recusa-se a acordar. Para essa parcela a mentira é o bálsamo que anestesia a sua dor. Uma mentira, repetida várias vezes, torna -se mais mentira. É só uma questão de tempo para que suas curtas pernas se quebrem e a deslavada aparece,com toda limpidez. Essa experiência sempre se confirma. O nazi-fascismo, seja de direita ou de esquerda, quando praticado com rigor, conduz aos mesmos resultados. Nem é preciso argumentar, contra ou a favor. Bastam as ev

O RETORNO

Já falamos aqui uma vez do efeito bumerangue, ou seja a eterna lei do retorno. Como eterna, é claro, continua em vigor, e ativa, mesmo que ignorada. É o que vem acontecendo na Europa, sobretudo nos países mais colonialistas. Os mais poderosos países, inconformados com seus limites territoriais, decidiram ampliar os seus domínios para muito além de suas fronteiras. Conquistaram novas terras e subjugaram outros povos, com o intuito de explorar suas riquezas naturais e suas populações, e assim sustentar o bem estar em suas respectivas metrópoles. Citemos aqui alguns exemplos: 1)Inglaterra e seu imenso império colonial, com possessões desde a América até o Extremo Oriente. 2) França, com conquistas na América, na África e na Ásia. 3) Bélgica, dona do Congo Belga. 4)Holanda, proprietária da Indonésia. 5) Itália, apropriou-se da Abissínia, a atual Etiópia. 6) Portugal, colonizou o Brasil, Angola  Moçambique, Goa (Índia), Macao (China) e outros. 7) Rússia, a partir de Moscou expandiu-se em vá

O ALÍVIO

Estamos prestes a poder respirar aliviados ante as novas perspectivas que despontam no horizonte de brasileiros e brasileiras. Contudo a vitória apertada dá uma dimensão de quão arriscada é a aposta. Podemos dar um voto de confiança ao eleito, acreditando piamente que agora será diferente. Não teremos novas edições de mensalões, de petrolões, de pedalões. Tudo isso ficou no passado, e o novo governo, aliás o velho governante, terá sua quarta oportunidade de reescrever a sua história, sem rasuras. Passar o Brasil a limpo é o que importa. Mas há também aqueles dentre nós que não crêem em mudanças. Juram que tudo continuará como antes. São como aquele torcedor do Flamengo que não muda. Segue a risca o hino composto por Lamartine Babo: "Uma vez Flamengo  Sempre Flamengo.  Flamengo sempre   Eu hei de ser." O Presidente não é Flamengo, é Corinthians. A outra face da moeda. Longe de nós querer levantar qualquer suspeita. Só que uma boa dose de vigília pode nos preservar de súbitas s

PASSADO e PRESENTE

Para chegarmos até aqui, na atual Terra, o corpo celeste que nos abriga passou por três fases evolutivas anteriores, paralelas à nossa própria evolução como humanos. Essa é a lógica: o ser humano é sempre constituído da mesma substância que compõe o mundo em que ele habita. Falamos aqui portanto de quatro fases evolutivas, da Terra e do Homem. Na primeira fase incorpora-se o elemento puramente calórico. Consequentemente o Homem surge neste primeiro cenário, apenas como corpo físico. E do corpo físico apenas seu componente calórico. Na segunda fase aquele corpo celeste, antes puramente calórico, evoluiu e pode então adicionar o elemento aérico à  sua natureza. Consequentemente o ser humano também já estava apto a receber um indício, um germe de corpo etérico - vital. Isso quer dizer que o ser humano prosseguia sua existência, agora como um corpo físico, calórico-aérico, permeado por um corpo etérico-vital, ainda em estágio germinal, em sua primeira manifestação, associado a um corpo fís

AUXÍLIO - TETO

Para furar o teto de gastos é preciso mais dinheiro. Teto de gastos é uma abstração. Dinheiro é uma abstração. As duas abstrações estão presentes em toda parte, na fantasia das pessoas. A qualquer momento é possível, com a caneta, elevar o teto e imprimir papel. A canetada não muda a realidade. As pessoas auxiliadas continuam acomodadas pelo auxílio -salário, por um, dois, três, quatro anos ou mais. E o papel -moeda, recém- impresso, deteriora. Ou então o governo recorre ao mercado financeiro e enche seus cofres, com dinheiro alheio. Só que não existe almoço de graça. A conta chega, na forma de dessaneamento básico, escolas precarizadas, filas no INSS e 33 milhões subalimentados. As sucessivas ideologias não acham a saída desse labirinto, kafkaniano. Do lado de fora o cobrador bate à porta.

HERANÇA

Daqui a 15 dias estará terminando o pesadelo que já dura 4 anos. Naquele momento, 2018, a maioria ainda acalentava o sonho de que uma direita poderia muito bem substituir a esquerda, com vantagens. Agora, 4 anos depois, uma mínima maioria reconduz a esquerda ao poder. Há 20 anos atrás a esquerda recebeu a herança do antecessor, e 14 anos depois repassou-a ao seu sucessor. E agora, novamente, recebe a herança, a mesma, que veio passando de mão em mão, intacta. E o formulário também é igual: Nacionalidade: brasileiro Profissão: esperança          

SEPARATISMOS

Fixar as fronteiras de um país nunca foi tarefa fácil. A diversidade étnica luta pelo isolamento, na esperança que, uma vez unidos entre si, prosperarão em paz. Às vezes têm razão. A História relata inúmeros movimentos isolacionistas, alguns justificáveis. Os curdos, na Turquia e na Síria, os indígenas no Brasil, tribos africanas, etnias hostilizadas que pedem autonomia. Outros grupos étnicos também reivindicam a separação. O diplomata Barão do Rio Branco conseguiu, magistralmente, traçar os nossos limites de forma pacífica. Um legado para a História. Em outros lugares os conflitos fronteiriços continuam. Em 1783 a Península da Criméia, pertencente ao Império Turco -Otomano, foi militarmente anexada ao Império Russo pela Czarina Catarina II. A Península foi russificada e é hoje uma província separatista. O leste da Ucrânia, a região mais fértil e industrializada, foi igualmente tomada pelo Império Czarista, teve sua população local transferida para a Sibéria e substituída por russos ét

PARALELISMOS

  A Ciência Espiritual, a Antroposofia, como Científica que é, é um meio para alcançar a veracidade dos fatos. A meta é a Verdade. Libertadora. O Cientista é aquele que investiga, busca, procura e acha, na medida de sua sinceridade. Observando o cenário distinguimos diferenças e semelhanças. Vivemos num mundo polarizado. Os opostos se enfrentam, em luta ferrenha. Felizmente o Cientista Espiritual tem hoje a seu dispor uma ferramenta antroposófica que o habilita a discernir o falso e o verdadeiro, o luciférico e o micaélico. A luta é renhida, e facilmente o menos desperto se deixa embalar pelo mavioso canto adverso. Por isso mesmo Ulisses se fez amarrar ao mastro de seu navio para garantir -se que não cairia no canto da sereia.  Seguiu sua rota, incólume. Até pouco tempo atrás 81% da população russa aprovava seu presidente e apoiava seus delírios autoritários. Só agora, bem recentemente, a mobilização parcial fez a Operação Especial chegar a 300.000 famílias, não apenas às etnias perifé

O DISCURSO

Uma tônica no repetitivo discurso putinista é a recorrente alegação de que o Ocidente é o eterno culpado de todo o mal que acontece à Rússia. É o Ocidente o inimigo permanente que precisa ser derrotado. Como bom filho da antiga União Soviética Putin assimilou bem a ideologia anti-ocidente, desde os tempos de escola primária, passando pela secundária, continuou no nível superior e completou seu aprendizado antidemocrático nos labirintos do KGB, o Serviço Secreto Soviético, o temido Комитет Государственной Бесопасности. Aprendeu a hostilizar o mundo livre, democrático, próspero , que se contrapunha ao precário Estado comunista, onde a população era sacrificada a fim de garantir os pesados investimentos na indústria bélica. Essa era a ideologia dita socialista: extrair o máximo do povo a fim de exibir a pompa nas paradas militares, todo ano, sobretudo no dia 9 de maio, na Praça Vermelha. E tudo isso sob o argumento de que era preciso proteger-se contra a  ameaça ocidental. A ostentação mo

LINGUÍSTICAS

Termos linguísticos estão sempre presentes nos mais diferentes campos da Ciência. É muito lógico, pois a linguagem é o meio de expressar todo conteúdo, em qualquer campo do conhecimento. A genética , por exemplo, recorre ao termo  "transcrição" para descrever a passagem do DNA para o RNA. O DNA " se transcreve" em RNA. Seguindo essa "linha de montagem" o RNA, por sua vez,  "se traduz", por exemplo, num pé de milho. A passagem do RNA para o pé de milho, o final da linha, denomina-se "tradução", outro termo emprestado da linguística. O pé de milho é a tradução, consequente da transcrição de uma mensagem codificada no DNA. O código genético, secreto, é decodificado, é decifrado, é publicado, para todos, em linguagem manifesta e visível, o pé de milho, a "expressão gênica" final. A expressão gênica, idiomática, expressa o código genético, secretamente impresso no DNA. É justamente aí que surge a pergunta que não quer calar:  Como