SEPARATISMOS


Fixar as fronteiras de um país nunca foi tarefa fácil.
A diversidade étnica luta pelo isolamento, na esperança que, uma vez unidos entre si, prosperarão em paz.
Às vezes têm razão.
A História relata inúmeros movimentos isolacionistas, alguns justificáveis.
Os curdos, na Turquia e na Síria, os indígenas no Brasil,
tribos africanas, etnias hostilizadas que pedem autonomia.
Outros grupos étnicos também reivindicam a separação.
O diplomata Barão do Rio Branco conseguiu, magistralmente, traçar os nossos limites de forma pacífica. Um legado para a História.
Em outros lugares os conflitos fronteiriços continuam.
Em 1783 a Península da Criméia, pertencente ao Império Turco -Otomano, foi militarmente anexada ao Império Russo pela Czarina Catarina II. A Península foi russificada e é hoje uma província separatista.
O leste da Ucrânia, a região mais fértil e industrializada, foi igualmente tomada pelo Império Czarista, teve sua população local transferida para a Sibéria e substituída por russos étnicos, hoje os separatistas de Donbass ( Kherson, Lugansk, Donetsk e Zaporija).
Muitos russos étnicos vivem hoje na Letônia, na Estônia e na Lituânia. Espera-se que se conformem
 com suas novas nacionalidades.
No sul do país, volta e meia, alguns brasileiros arvoram-se em estrangeiros e sonham com a emancipação.
A Palestina também foi dividida para abrigar, de um lado a etnia hebraica, do outro a arábica, ambas descendentes do mesmo patriarca, Abraão.
Alguns poucos brasileiros, pouquíssimos, lamentam que os invasores holandeses e os invasores franceses tenham sido expulsos do Recife e do Rio de Janeiro. Prefeririam não serem colonizados por Portugal..Desejariam pelo menos uma Guiana Holandesa e uma Guiana Francesa, encravadas em nosso território.
A despeito dos radicais étnicos, com o tempo as diferenças vão-se diluindo, e pouco a pouco o ser humano aprende a integrar-se à humanidade, a conviver com os iguais, aparentemente diferentes.

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