TRANSMUTAÇÕES BIOLÓGICAS A BAIXA ENERGIA

 João Carlos de Sousa Avila, Fev. 2024


Então, caros amigos, é um prazer estar aqui com vocês para apresentar este tema: "As transmutações biológicas a baixa energia". 


Em primeiro lugar, precisamos distinguir entre reações químicas e reações nucleares. A reação química é aquela que envolve apenas os elétrons da última órbita, a camada de valência. 


Portanto, numa reação química, eu tenho diferentes substâncias que reagem entre si, formando novas substâncias, porém com os mesmos elementos.  Há formação de novas substâncias, mas não de novos elementos. Quando numa reação aparece um elemento novo do lado direito, isso significa que houve uma intervenção no núcleo. É uma mudança do número atômico. Isso caracteriza uma transmutação do elemento. Portanto, na química, nós temos uma transformação química. E no nuclear nós temos uma transmutação de elementos. Mas pela tecnologia convencional, só é possível transmutar um elemento em outro ou catalisar uma reação nuclear usando-se uma energia muito forte para bombardear o núcleo, partir o núcleo e liberar a energia que mantém a coesão do núcleo. É a chamada energia nuclear para fins pacíficos. E essa reação é realizada no reator atômico. 


Na guerra foi usada a reação nuclear para fins bélicos: a bomba atômica. A primeira, que foi lançada em Hiroshima e a segunda em Nagasaki, no Japão, em 1945. Em 1952, foi testada uma bomba de fusão nuclear de hidrogênio. Porém, para catalisar uma reação de fusão nuclear de hidrogênio, foi necessário usar uma bomba de fissão de urânio como estopim para desencadear o processo. Uma reação de fusão, sendo necessário uma temperatura de 100 milhões de graus centígrados para fundir núcleos de hidrogênio e formar hélio. 


Então isso é o que acontece seguindo-se os princípios da tecnologia. 


Porém, na célula viva, na biologia, fala-se em transmutação de elementos a baixa energia. Isso quer dizer que a célula viva do vegetal, do animal, do ser humano e até de um solo vivo será capaz de catalisar reações nucleares a baixa energia com dispêndio mínimo, consegue-se desencadear essa reação e formar elementos novos. Isso já foi estudado na Antiguidade? Sim. E também em toda a Idade Média, na Idade Moderna e até na Idade Contemporânea, fala-se dos alquimistas. Os antigos e os novos alquimistas. 


E uma dessas pessoas foi Rudolf Steiner, no curso agrícola realizado em 1924 em Koberwitz, perto de Breslau, na Silésia, Alemanha Oriental. Na quinta conferência do curso agrícola, ele faz referência aos preparados biodinâmicos, e sua propriedade de, por exemplo, criar nitrogênio a partir de potássio ou de cálcio. Ele fala que no crescimento vegetal ocorre uma secreta alquimia. Essa é a expressão usada: uma alquimia vegetal em que, por exemplo, potássio ou cálcio se transmutam num elemento de transição semelhante ao nitrogênio. Portanto, um elemento nitrogenóide que finalmente se manifesta como nitrogênio propriamente dito. É esse nitrogênio criado internamente no processo. Vamos chamar esse nitrogênio de nitrogênio endógeno. Quer dizer gerado dentro do processo. Se fosse um nitrogênio trazido de fora, seria um nitrogênio exógeno. Aqui estamos falando de um nitrogênio gerado internamente dentro do processo de compostagem que recebeu os preparados biodinâmicos. Portanto, são os preparados biodinâmicos, entendidos como biocatalisadores, com um efeito enzimático, existindo em pequeníssimas quantidades. Ela, a enzima, assim como os preparados, são capazes de desencadear grandes processos. E essa é uma característica da enzima. A enzima convencional, a enzima bioquímica, ocorre em pequeníssimas quantidades, mas ela é uma macromolécula proteica atuando sobre o substrato, uma molécula pequena. 

E num dos tratados de bioquímica que eu consultei encontrei esse detalhe. Uma ilustração da uma molécula, de um substrato e dentro da molécula o autor assinala o ponto de ruptura, digamos, o ponto fraco onde acontece a ação enzimática e a partir daí a molécula se desfaz e então os vários elementos dispersos se reúnem novamente para formar novas substâncias. Essa é a função enzimática: catalisar e acelerar as reações. Quer dizer partir a molécula e favorecer a união dos elementos para formar novas substâncias. 


Então vejamos. As datas são importantes. Em 1924, Rudolf Steiner descreve o fenômeno da transmutação catalisada por preparados biodinâmicos. E a partir da década de 40 e 50, Louis Kervran, um pesquisador e professor universitário, assumiu esse tema e fez estudos comprovando cientificamente, experimentalmente, a formação de elementos novos dentro de processos vivos. E começou pesquisando com as galinhas num determinado plantel. Elas botavam ovos com casca mole.


Portanto, um sintoma de carência de cálcio. 


A lógica seria alimentar as galinhas com cálcio para que elas depositassem esse cálcio na casca do ovo e o ovo sairia com casca dura. 


Mas Kervran fez diferente. Ele jogou para as galinhas partículas de mica ricas em potássio. As galinhas devoraram a mica e a partir de então passaram a pôr ovos de casca dura, ricas em cálcio. Então ele deduziu que o organismo vivo da galinha foi capaz de criar um cálcio novo que não existia antes. A partir do potássio, a galinha, por assim dizer, fabricou o seu próprio cálcio e depositou esse cálcio na casca do ovo, endurecendo-a. E aí vamos à tabela periódica dos elementos e verificamos que o potássio tem número 19. 


E o cálcio número 20, quer dizer 19 + 1 = 20. O número um é o hidrogênio. Portanto K + H = Ca. Portanto, não uma reação química, porque aparece um elemento novo do lado direito. Uma reação nitidamente nuclear é realizada em nível de célula viva. Logo, uma transmutação biológica a baixa energia, que é a temperatura normal de uma galinha 36 a 37 graus, quer dizer, a baixa temperatura. A galinha é capaz de transmutar um elemento em outro. 


Aí me lembro também de uma experiência de um amigo meu. Onde as galinhas estavam botando ovos de casca mole e ele alimentou-as com casca de arroz. 


E as galinhas passaram por ovos de casca dura. De que se compõe a casca de arroz? A casca de arroz contém 85% de sílica. E também as fibras de carbono, número seis, já o silício tem número 14. Portanto, 14 + 6 = 20. Quer dizer, silício mais carbono igual a cálcio. 


Essa é a hipótese que queremos lançar aqui nessa palestra. Essa probabilidade de o organismo vivo compensar carências através de um processo de transmutação, uma reação nuclear, a baixa energia em nível de organismo vivo. Logo uma reação de reação bio nuclear.


E assim, com a ajuda do hidrogênio, potássio ou cálcio podem transformar-se, ou melhor, transmutar-se num elemento nitrogenóide que por fim revela-se como o elemento nitrogênio propriamente dito com o auxílio do hidrogênio, o número um. Quer dizer,  o hidrogênio é o elemento hidrolisador ou o catalisador por excelência. Então, como é o número um, é possível sempre acrescentar mais um a qualquer elemento e gerar um elemento novo. 


Isso são apenas hipóteses para um futuro trabalho de pesquisa. Abre-se aí um imenso campo de pesquisa. Por exemplo, no caso do fósforo. O fósforo é o segundo elemento mais importante. O P da série NPK, e que segundo alguns autores, encontra-se já em fase de exaustão nas minas de fosfato. Porém o fósforo  é número 15. O seu vizinho ao lado é o silício, número 14, quer dizer, 14 +1= 15 Essa é a hipótese. Se for possível introduzir um núcleo de hidrogênio dentro de um núcleo de silício, eu obtenho o núcleo 15, que é o fósforo. Isso quer dizer que, se essa hipótese é verdadeira, eu tenho aí uma fonte imensa de fósforo a partir de sílica ou silício, que é o elemento sólido mais abundante na natureza. 


E o enxofre, que é o vizinho do fósforo, é número 16. Então P + H = S.  E aí temos esses três elementos. 


O fósforo é o portador de luz. Enxofre também é um portador de luz. O silício,  o componente do cristal, é o receptor e o processador de luz. Logo acima, na tabela periódica, temos carbono,  nitrogênio e  oxigênio.Carbono,  6,  nitrogênio, 7,  oxigênio, 8 . 


Nas três colunas logo abaixo silício,  fósforo e  enxofre. Então temos aí seis elementos, a família de seis elementos, sendo que cinco compõem a molécula da proteína. Carbono, nitrogênio, oxigênio, enxofre ou fósforo. Somando - se a isso mais o hidrogênio, temos os cinco elementos da proteína, C H O N S(P), os componentes da proteína.


A sulfoproteína e  a  fosfoproteína. Por exemplo, a caseína do leite é um exemplo de uma proteína fosfatada. Ela contém P em vez de S.


Então nós estamos aqui levantando hipóteses que poderão ser comprovadas ou não futuramente. Porque isso caracteriza o verdadeiro cientista, aquele que não estabelece limites para sua pesquisa. Ele pode ou não, a partir de certas hipóteses, comprovar a validade dessas teorias ou não . Então abrimos aí um campo imenso para a agricultura biodinâmica, que trabalha com os catalisadores, os preparados biodinâmicos,e para a agricultura alternativa de um modo geral. Quer dizer, a capacidade que tem um solo vivo ou uma planta de compensar eventuais carências e criar elementos novos para atender as suas necessidades. Isso será válido para um solo. E será válido para a planta. Se um solo recebe um composto biodinâmico , por exemplo, tratado com urtiga, ela vai conferir ao composto e ao solo a capacidade de se individualizar em benefício do crescimento vegetal. Significa que, se o vegetal sofre de carências de certos elementos que não existem naquele solo, ele terá necessariamente a capacidade de alguma forma, talvez ir longe até a floresta próxima e trazer de lá o elemento que falta para compensar carências locais. E isso também é o efeito de um outro preparado, preparado de dente - de -  leão, o preparado 506. Ele confere ao solo a capacidade de aproveitar nutrientes e forças existentes numa floresta próxima e trazer da floresta, que é uma área de natura, para a sua área de cultura. 

Então são imensas possibilidades que se abrem a partir de agora. E aí vamos citar alguns exemplos práticos em que acontecem à nossa volta a todo momento, esse fenômeno aparentemente misterioso, não reconhecido pela ciência natural. Por exemplo, as ervas daninhas, o chamado mato, o inço, as ervas invasoras, também chamadas ervas espontâneas ou ervas companheiras. Têm vários nomes. Mas um desses nomes é "a erva daninha". Também são ervas medicinais. Quanto mais daninha, mais medicinal. E quanto mais daninha, mais ela está adaptada a viver em solos mais pobres e a partir dos poucos nutrientes que encontra naquele ambiente, ela extrai e cria outros para atender as suas necessidades. E com isso, essa erva gera as suas notáveis virtudes curativas, que são as ervas medicinais.  As ervas mais daninhas são justamente as mais medicinais. E justamente as ervas escolhidas por Rudolf Steiner para a biodinâmica são ervas nativas, como a urtiga, o dente-de-leão, a valeriana, a camomila, o millefolium. Ervas que podem surgir espontaneamente no ambiente. 


E ele justamente escolheu essas ervas que são a matéria prima, que passam por um tratamento alquímico, não um tratamento químico, mas um tratamento alquímico. E a partir daí, então  produzem-se os preparados biodinâmicos,  os biocatalisadores que direcionam os processos que acontecem no solo, na planta e na pilha de composto. 


Citemos também como exemplo as minhocas. A minhoca contém glândulas calcíferas, produtoras de cálcio, glândulas de Morren. Um pesquisador que identificou essas glândulas e as glândulas receberam o nome dele. Glândulas produtoras de cálcio. E aí há duas opções, duas ou duas possibilidades. Ou a minhoca ingere cálcio na alimentação e dejecta esse cálcio do outro lado, ou ela ingere, por exemplo, potássio ou outros elementos e fabrica o seu próprio cálcio. 


Não, ingere potássio e dejecta cálcio. Quer dizer, ela fabrica um cálcio novo que não existia na alimentação. Isso significa que num solo rico de matéria orgânica e minhocas, essa população de minhoca poderá gradativamente aumentar o teor de cálcio no solo e corrigir a acidez sem o aporte externo de calcário. 


Portanto, mais uma vez, uma produção endógena do elemento cálcio. 


Um outro exemplo é o pintinho, o ovo e o pintinho. Um ovo analisado em todos os seus componentes, analisados no seu teor de cálcio. 


Um ovo colocado para o choco numa galinha, ao fim de 21 dias nasce o pintinho. 


Analisando-se o teor de cálcio de todo o corpo desse pintinho recém nascido, verifica-se que o pintinho tem um teor de cálcio três vezes maior do que o ovo original de onde ele proveio. 


Isso quer dizer que ao longo do processo de choco nos 21 dias, recebendo apenas o calor da mãe chocadeira, no final, temos um acréscimo de três vezes no teor de cálcio. Houve nitidamente a formação, a geração de um cálcio novo, endógeno. 


Um outro exemplo são as florestas nativas. Imaginemos uma floresta nativa, uma floresta tropical como a floresta amazônica, que está ali há vários séculos, milênios, vivendo num solo relativamente pobre. Esse solo pobre é capaz de sustentar durante milênios a fio uma floresta exuberante como a floresta amazônica. A pergunta é: de onde a árvore da floresta extrai tantos nutrientes para se manter vigorosa durante tanto tempo e ainda gerar tantas substâncias que nós nem conhecemos ainda? Substâncias com notáveis propriedades curativas a serem pesquisadas ainda no futuro. Isso quer dizer que essa árvore, essa floresta que ninguém plantou, ninguém irrigou, ninguém adubou, ninguém cuidou. A natureza trabalhou sozinha o tempo todo e ela está lá, vigorosa e gerando substâncias miraculosas. Então, são exemplos do dia-a-dia em que nós podemos constatar essa possibilidade de haver uma geração endógena de elementos. Isso tudo no que se refere aqui ao nosso microcosmos aqui em baixo na Terra. Mas vamos dar um salto agora para o macrocosmos. Será que esse fenômeno também acontece no macrocosmos, nas estrelas? Então vamos considerar a nossa estrela, o Sol, que é uma estrela de quinta grandeza, uma estrela relativamente simples, porém uma estrela típica. E como funciona o Sol? A cada segundo  o Sol continuamente faz fusões de núcleos de hidrogênio para formar hélio.    

E isso a cada segundo. São mais de 500.000 toneladas de hidrogênio que se transformam em hélio. E ao transformar ou transmutar hidrogênio em hélio, ocorre uma ligeira perda de massa. Então, se compararmos a massa de quatro núcleos de hidrogênio com o núcleo de hélio, verificamos que há uma ligeira perda de massa. Porém, vamos completar a lei de Lavoisier. Lavoisier refere-se à química. “Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma,” quimicamente. Vamos ampliar essa lei dizendo: “No universo nada se perde, nada se cria, tudo se transmuta”. Essa massa que se perde nesse processo transforma-se em energia. É a energia solar que conhecemos. O Sol, a luz, o calor solar que chega até nós. Toda essa energia solar que nós percebemos pelo olho e pela pele, o calor e todas as outras radiações sutis que nós não percebemos conscientemente que o sol emite continuamente. Essas radiações são geradas no Sol. A partir desse miraculoso processo de fusão nuclear de hidrogênio em hélio. 


E aí surge a pergunta: Como o Sol consegue catalisar essa fusão? A que temperatura? Bom, a temperatura mais alta que vigora no núcleo do Sol é de 20 milhões de graus Celsius. Essa temperatura vai baixando gradativamente até a periferia. Na periferia, a temperatura oscila em torno de 6000 ⁰C. 


Então a pergunta é: Essa temperatura é uma temperatura muito alta ou é uma temperatura muito baixa? Se compararmos com a temperatura necessária para fundir núcleos de hidrogênio por via tecnológica aqui na Terra, verificamos que isso exige 100 milhões de graus Celsius, portanto cinco vezes mais do que a mais alta temperatura existente no interior do Sol. Então chegamos à conclusão que a estrela, o Sol, assim como as outras estrelas, 75% das estrelas do Universo, que estão no mesmo estágio do Sol, funcionam segundo o miraculoso processo de transmutação de hidrogênio em hélio e, simultaneamente, há irradiação de luz, de calor etc. São as energias geradas no Sol, responsáveis pela geração e pela sustentação de vida no nosso planeta. 


Então nós temos aí processos de transmutação no macro cosmos. Quer dizer, todo o universo funciona segundo este processo. E cada estrela que está no céu libera, em todos os sentidos, essa radiação. Uma fração dessa radiação chega até nós, passa por um filtro da atmosfera, chega até a superfície e aí é capaz de catalisar processos e gerar e sustentar a vida no nosso planeta. Com um detalhe: essa luz que é irradiada do Sol para a Lua e da Lua para a Terra é irradiada sobre um veículo etérico. Um facho de luz atravessa a noite, atravessa um céu escuro e quando bate na Lua, essa reflete para a Terra e aqui na Terra o olho humano percebe a Lua iluminada pela luz do Sol. Eu vejo a Lua iluminada, mas eu não vejo um rastro ou um facho de luz vagando pelo espaço. O céu é absolutamente escuro. Isso quer dizer que a luz irradia-se numa forma totalmente oculta. Quando bate na superfície, ilumina a superfície da Lua e a superfície reflete para a Terra. Então vamos aí achar uma ponte para entender o que é esse Éter de Luz, o éter luminoso, essa luz oculta invisível que atravessa o espaço escuro do céu e ilumina a Lua e ilumina Marte, Mercúrio, Vênus, Júpiter, Saturno e ilumina a Terra. 


Da mesma forma, o calor.  O calor, podemos dizer, a temperatura de 20 milhões de graus Celsius no interior vai baixando até a superfície, onde ela oscila entre 5700 e 6300 ⁰C. Quer dizer, em torno de 6000 ⁰C. E essa temperatura continua baixando, baixando.  O Sol irradia esse calor. E no espaço cósmico entre o Sol e a Terra, a temperatura chega a perto de zero absoluto. Chega em torno de 270 ⁰C negativos, abaixo de zero, que é o 0 K. O zero absoluto. A temperatura mais baixa que é possível alcançar-se em qualquer lugar do universo. 


O calor sai quente, atravessa um espaço hiper gelado, próximo do zero absoluto e quando chega na Terra, aquece a Terra e mantém os organismos vivos. E nós aqui gozamos a temperatura de 20, 30 graus, às vezes até mais, com 40 graus Celsius. Isso quer dizer que o calor se irradia através de um espaço gelado. Mas na superfície da Terra se manifesta de novo como calor vital. Então, um calor vital, um éter calórico, assim como a luz, é um éter luminoso. 


A Luz invisível torna a Lua visível. 


E aí temos uma ponte para entender esse conceito de força etérica. É essa força etérica, que é reconhecida pela ciência espiritual, a Antroposofia. Ela não é reconhecida pela ciência natural. 


A Antroposofia é a ciência espiritual. Ela traz os conceitos espirituais para complementar as lacunas deixadas pela ciência exterior (do alemão “äußere Wissenschaft”). 


Então, quando um tratado de bioquímica e ele assinala o ponto de ruptura do substrato, o ponto onde acontece a ação enzimática, aí pergunta-se: como acontece essa ação enzimática à distância atuando num ponto de ruptura do substrato?  Se nós admitirmos que um organismo vivo, biológico, está coordenado, organizado pelas forças do corpo etérico, então é como se a enzima soltasse um tiro etérico que não erra o alvo e acerta na mosca, no ponto de ruptura. 


Isso é o que confere à enzima a sua alta eficiência. Se ela fizesse várias tentativas e acertasse por acaso, ela seria altamente ineficiente. Ela é eficiente porque não erra o alvo. Vamos nos socorrer de um conceito da ciência espiritual, que é a força etérica que atua direcionada no ponto de ruptura para desfazer aquela molécula e catalisar a reação química. Essa é a explicação para a reação química. Vamos imaginar agora um organismo capaz também de gerar uma enzima superior capaz de atravessar todas as camadas de elétrons e atuar no núcleo. 


É aí que está a grande dúvida ou a descrença da ciência natural: que força seria capaz de romper a barreira de potencial que envolve o núcleo? Uma barreira tão forte que impede a saída e impede a entrada de partículas, mantém a coesão do núcleo. Essa barreira tem que ser rompida. Com bombardeio de nêutrons, por exemplo. A alta energia. Porém, a física quântica demonstra a liberação de uma partícula alfa de dentro para fora. Uma partícula fraca é o núcleo de hélio, que é liberada de dentro para fora. 


No caso do elemento rádio, a física quântica moderna chega ao detalhe de determinar que acontece uma liberação espontânea de dentro para fora a cada 16 séculos. Quer dizer, é altamente improvável. Porém, a probabilidade existe. Se existe a probabilidade de uma geração de dentro para fora, haverá também a probabilidade de uma ação de fora para dentro. Então vamos imaginar aí uma super enzima, não bioquímica, mas bio-nuclear capaz de lançar um tiro etérico certeiro que atravessa todas as camadas, todos os orbitais de elétrons e através daquela fissura, daquela rachadura que existe nessa barreira. E aí catalisa um processo dentro do núcleo. 


Então essa é mais uma hipótese que nós estamos lançando para uma futura pesquisa. Nós constatamos que o fenômeno existe. E o segundo passo é explicar cientificamente como esse fenômeno acontece. A partir das conquistas da ciência, da bioquímica e extrapolarmos para a bio nuclear, quer dizer, uma enzima capaz de catalisar reações de transmutação de um elemento em outro, interferindo no núcleo. 


E aí nós já vimos então, na tabela periódica essa coincidência. Esses seis elementos formando um bolo, seis elementos que estão unidos, carbono, nitrogênio, oxigênio, silício, fósforo, enxofre, formando um conjunto de elementos especiais que tem a ver com a formação da proteína. E na tabela periódica, nós temos também aqui o elemento ferro, que é o número 26, que é o elemento central da hemoglobina. E então o ferro é o elemento central que está envolvido por quatro moléculas nitrogenadas. são quatro pirrolas  que contêm nitrogênio. Isso quer dizer, o ferro envolvido por um anel pirrólico. Da mesma forma, a clorofila. Só que em lugar do ferro está o magnésio. Magnésio é o elemento central da clorofila envolvido por quatro pirrolas. Ou seja, um anel tetra- pirrólico Isso quer dizer que se uma pessoa sofre um processo anêmico, isso indica uma carência de ferro. . Uma solução seria ingerir ferro diretamente para substituir o ferro que está em falta. Uma outra opção é ingerir suco verde rico em clorofila. E aí induzir o organismo a gerar o seu próprio ferro e a sua própria hemoglobina a partir da clorofila. 


Essa criatividade fisiológica do organismo vai se refletir também numa criatividade psicológica, mental. Se o organismo desenvolve o seu poder de transmutar, então também o pensamento dessa pessoa deverá ser mais criativo.  É porque fisiologicamente, ele cria elementos que não existiam antes. E mesmo interiormente, ele se inspira para criar obras. Obras de arte que jamais existiram antes. Isso caracteriza o artista. Aquele que cria uma obra de arte pela primeira vez, que não existia antes, porque ele está sintonizado para captar essa força cósmica. Ele será capaz de criar uma obra de arte. Então vamos encerrar por aqui e deixar aqui em suspenso essa proposta para o Departamento de Pesquisas, para a Seção de Ciências Naturais do Goetheanum. Um campo de pesquisa nesse sentido, de como pode um organismo vivo, vegetal, animal, humano e até um solo vivo manejado bio dinamicamente, como ele pode desencadear processos extraordinários de geração de novos elementos, reconstituindo um fenômeno que aconteceu outrora na formação do nosso universo. Segundo a ciência oficial, há 16 bilhões de anos atrás, aconteceu o grande Big Bang, a grande explosão. Então o universo começou a se expandir a partir de então. Qual foi, então, o primeiro elemento que aparece? Após essa grande explosão, o hidrogênio, número um. Depois o hélio, número dois. Provavelmente lítio, número três. Berilo, quatro. Boro, cinco. Carbono, seis. Seguem-se carbono, nitrogênio e oxigênio. E assim sucessivamente. Os elementos foram surgindo até formarem hoje um conjunto de 92 elementos que estão expostos na Tabela Periódica dos elementos. 92 elementos que formam hoje o Universo constituído. Cada elemento pode ter sido gerado a partir do anterior. Quer dizer, toda a formação do universo é um processo alquímico de conversão de um elemento em outro. E assim foi se formando o Universo. Não é assim. As estrelas que estão em vários estágios de crescimento. Então, se a erva daninha, o mato, o inço, a erva espontânea, se ela realiza esse fenômenno, ela está aí, repetindo, reproduzindo um processo que acontece em todo o espaço cósmico. 


E assim também o ser humano, na medida em que ele se nutre de alimentos orgânicos, biodinâmicos, ele também vai equilibrar os seus quatro membros, o corpo físico, o etérico, o astral e o eu, funcionando harmonicamente. E com isso, ele vai desenvolver no seu organismo a capacidade criativa de transmutar e de compensar eventuais carências. Então fica aqui a nossa proposta. Vamos encerrar aqui e deixar o tema em suspenso. Vamos deixar dez minutos disponíveis para debater o assunto Muito obrigado. 

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