Hidrogênio

HIDROGÊNIO
No Curso Agrícola (CA) realizado em 1924 em Koberwitz, Alemanha, Rudolf Steiner refere-se ao elemento hidrogênio como o reciclador universal, o catalisador, o transmutador, o qual devolve aos mundos superiores toda a matéria terrena de lá proveniente. 
Para melhor entender essa formulação é necessário estudar o hidrogênio em suas múltiplas manifestações no mundo físico.
O hidrogênio é o proto-elemento, o protótipo, o primeiro a integrar o conjunto que compõe toda a matéria existente. Situa-se em primeiro lugar, na casa 1 na tabela periódica dos elementos, com número atômico 1 e massa atômica 1. É a unidade por excelência.
Também a Ciência Natural apresenta esse elemento como sendo o primeiro a se formar após a "Grande Explosão", o Big Bang que marca o início do nosso Universo em sua versão atual, há 14,8 bilhões de anos-luz.
Ainda em sua primeira infância, com apenas 800 000 anos de idade, acontece neste Universo a formação de átomos de hidrogênio e hélio, e em seguida as primeiras moléculas de hidrogênio, compostas de dois átomos, portanto com fórmula H2. Estando os primeiros átomos estabilizados o Universo embrionário torna-se transparente à luz, sendo então constituído de H (74%) e He (26%), composição muito parecida com a do atual Sol. Mais tarde surgem o 3° e o 4° elementos, o lítio e o berilo, com número atômico 3 e 4, respectivamente.
Fica aí evidente a importância do hidrogênio, o número 1, situado exatamente no limiar entre o mundo sensorial e o suprassensorial. "O mais sutil dos elementos físicos", (Steiner, CA, pg.75).
Colocado nessa linha fronteiriça o H habilita-se a fazer a "ponte" entre os dois mundos. 
É a primeira manifestação da chamada "ponte de hidrogênio".


O que acontece no Sol, assim como na maioria das estrelas, é a fusão de núcleos de hidrogênio para formar hélio, e simultaneamente liberar a energia, o calor e a luz que aquece e ilumina o sistema solar, em especial o planeta Terra, o único capaz de criar e manter vida.
A fusão de núcleos de hidrogênio, a consequente transmutação de hidrogênio em hélio, a simultânea perda de massa e conversão de massa em energia (mc2=E), constituem o fenômeno responsável pela irradiação de forças que originam e sustentam a vida em nosso planeta.
É justamente o hidrogênio que faz a "ponte" entre uma estrela "não viva" para um planeta vivo, aliás o único privilegiado com esse dom.
Para quantificar esse assombroso processo, consideremos aqui alguns dados impressionantes: a cada segundo que passa o Sol converte 657 milhões de toneladas de hidrogênio em 652,5 milhões de toneladas de hélio. Basta marcarmos no relógio um curto espaço de tempo de 1(hum) segundo, e pronto, quase instantaneamente o Sol já transmutou toda aquela massa de H em He.
É o que acontece em cerca de 75% das estrelas do Universo, cada uma delas funcionando como um sol, irradiando vida em todas as direções.
Uma fração mínima chega à superfície da Terra, em nosso benefício.

HIDROGÊNIO - 3@ partel
Quantificando um pouco mais calculamos o montante de massa (m) necessária para gerar  energia (E), da qual uma fração nos aquece e ilumina. É uma simples subtração: 
657000000 - 652500000=
4500000.
Isso significa que a cada segundo, o Sol transforma 4500000 t de massa (m) em energia (E), segundo a clássica fórmula de Einstein E=mc2 ou mc2=E. Minha interpretação é a seguinte: quando m alcança a velocidade(c) da luz ao quadrado (c2), ou seja 300000×300000 km/seg, o que significa 90000000000, então E=m ou m=E.
Primeiramente a energia se materializa, e depois a matéria se energiza.  
É o Universo em contínua transformação.
É o hidrogênio o elemento providencial que viabiliza essa dinâmica.

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