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Mostrando postagens de maio, 2020

A Rivalidade

A humanidade como tal ainda é uma criança e a História nos revela essa infantilidade do homem, o ator principal neste drama que se desenrola ao longo do tempo. Abre-se um livro de História e confrontamo-nos com narrações sucessivas de conflitos, intermináveis. Essa constatação não é para desencorajar os que ainda esperam por uma sociedade humana pacificada.  Mas por enquanto, de um modo geral, o homem sente a necessidade de nutrir-se do confronto, do enfrentamento. É o motor que o impulsiona, que o motiva a seguir adiante. Vamos nos ater aqui a um aspecto de suma importância:o conflito religioso. A religião mexe profundamente com o emocional. Por isso sempre houve disputas entre diferentes convicções de fé, cada uma defendendo o seu deus particular. Os cristãos foram duramente reprimidos nos três primeiros séculos de sua história. Até que o cristianismo converteu-se em religião oficial do império romano. De religião perseguida  passou a religião perseguidora. Caçava inimigos com vistas

Militarização

A militarização no atual governo não constitui propriamente um perigo para as nossas instituições democráticas, visto que o Brasil está maduro para não permitir um novo desvio para o autoritarismo, como infelizmente teve que acontecer em 1964. Naquele momento o golpe militar era a alternativa para impedir o mal maior que seria a  cubanização ou a sovietização da sociedade brasileira. Foi o remédio amargo, necessário. Era a "ditadura militar" que se impunha como opção para prevenir a ameaça da "ditadura do proletariado", encomendada pelos "guerrilheiros" à União Soviética via Cuba. Fomos salvos dessa triste possibilidade graças à firme intervenção militar no dia 31/03/1964. Exageros lamentáveis foram cometidos ao longo de 21 anos de regime de exceção, contudo nem de longe comparáveis aos ocorridos no Chile, Argentina, Cuba, Alemanha nazi e União Soviética. Em 1985 o poder foi devolvido aos civis e a democracia restabelecida. Muito diferente é o momento atua

Estado Laico ou Teocrático

Na Antiguidade prevalecia a teocracia entre as nações mais importantes. O rei era sacerdote e acumulava as duas funções, temporais e espirituais, como por exemplo no antigo Egito, onde o faraó era cultuado como governante e como uma divindade, um semi-deus. Imperadores romanos também se julgavam deuses. Era próprio da cultura daqueles tempos, plenamente justificado naquele momento para o ser humano em sua caminhada evolutiva. A evolução não pára e segue em sua marcha inexorável. Chegamos ao terceiro milênio antes de Cristo, entre 3000 e 2000, quando surge na História um povo todo especial, diferente dos outros: o povo hebreu. Tinha três missões bem definidas: o monoteísmo, a lógica e o messianismo. As três missões harmonizavam-se perfeitamente:acreditar em um só Deus era pré-requisito para concatenar fatos obedecendo a uma lógica predeterminada a qual culminaria com o advento do Messias Salvador, Filho do Deus único, com a missão de trazer um impulso novo à Humanidade, justamente num m

MEMÓRIA HISTÓRICA

Vamos repetir aqui um detalhe que frequentemente passa despercebido aos incautos, comprometidos com ideologias de diferentes matizes. Referimo-nos ao "Pacto de Não Agressão" assinado pela Alemanha e a União Soviética em 1938. Até esse ano os dois regimes aparentemente adversários despontavam na arena política européia: de um lado o comunismo socialista soviético, vitorioso na Rússia desde 1917, e de outro lado a Alemanha e a Itália representando o nazifascismo. Como amiúde acontece na História, a um "-ismo" segue-se um "anti-ismo" igual e contrário. Em reação às pretensões soviéticas de dominação mundial pelos proletários, surge o nazifascismo com a mesma proposta de dominar os demais povos ditos "inferiores" sob a égide da raça ariana "superior", aliada aos italianos do sul, morenos de olhos negros, ambos posteriormente aliados ao Japão. Providencialmente, no auge da rivalidade nazi-soviética, precisamente no dia 23 de agosto de 1938,

Colheitas da Horta Comunitária - Centro Social Holandês - Holambra SP

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12/05/20

O Rebanho Leiteiro

A melhor forma de ordenhar vacas biodinâmicas é com as mãos: a tradicional ordenha manual. O retireiro laça um banquinho na cintura e desloca-se de vaca em vaca, levando consigo o assento móvel. Primeiro ele "poja" o bezerro para "puxar o leite". Nada substitui a boca do filho para estimular as terminações nervosas presentes na teta da vaca- mãe. Imediatamente o impulso vai ao cérebro, aciona a oxitocina e libera o leite para a mamada, da forma mais prazerosa possível. É a realização da vaca. O úbere materno compreende quatro tetas e quatro cisternas, independentes e harmônicas, porém variáveis em volume. Ao ser liberado o leite, as cisternas se enchem simultaneamente, armazenando umas mais outras menos, segundo sua capacidade. Daí a importância da ordenha manual, personalizada. O retireiro retira o bezerro, ordenha a vaca com todo carinho, cantarola uma canção, e deixa um leite residual para a mamada pós- ordenha. Importantíssima é a okmamada pós-ordenha. Atende mã

Horta Comunitária no Centro Social Holandês - Holambra

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Singela homenagem a Daniel Brilhante de Brito

Rendo aqui minha homenagem a um dos maiores mestres que eu tive ao longo de minha vida: Daniel Brilhante de Brito.  Era linguista, poliglota, tradutor, professor etc. Foi o primeiro tradutor da obra de Rudolf Steiner para o português. Honrou-me convidando-me para ser seu aluno particular. Agraciava-me com duas aulas semanais, às terças e quintas, de 20 às 24 horas, durante  um semestre, em 1963. Apoiava-me muito, e dizia que eu seria o seu sucessor. Imaginem! Considerado um grande erudito, desde os idos de 1950 até 25 de dezembro de 2004, quando partiu. Muito me orgulho de ter sido seu discípulo e assíduo frequentador de sua casa. Seu outro discípulo, Olavo de Carvalho, afirma em seu blog: "Daniel de Brito, o homem mais culto do Rio de Janeiro."

Informações privilegiadas

Na biodinâmica artesanal é importante trabalhar sem ferramentas. Usar as mãos, nuas, em contato direto com a terra. Assim o horticultor, além de passar uma boa vibração para solo e planta, cantarolando uma bela canção    ( não rock), ele absorve as boas energias do solo fértil e da planta viçosa. Absorve pelo estímulos tácteis e olfativos. Desenvolve clarividência, clariaudiência e clari- aromância. O solo deve estar sempre protegido da insolação excessiva,  pela cobertura morta, trazida do caminho ao lado, e pela cobertura viva da cultura implantada. A cobertura conserva a sombra e a umidade, e deixa proliferarem as minhocas, verdadeiros implementos vivos, que garantem, gratuitamente, a fertilidade física, química e biológica. A minhoca é hermafrodita. Reúne dois deuses da antiguidade: Hermes, do Egito, e Afrodita, da Grécia. Hermes é o Mercúrio, mensageiro dos deuses. Afrodite é a deusa do amor, afrodisíaca. Tudo isso numa minhoca, que é ao mesmo tempo macha e fêmea. Possui os dois s

Flor Feminina gestando a abóbora

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Flor Feminina gestando a abóbora Horta Comunitária - Centro Social Holandês

Adubação Biodinâmica

Adubação biodinâmica A biodinâmica ensina que não se deve usar dejectos humanos como adubo para produzir alimentos.O esterco ideal é o dejecto animal, sobretudo o de animais ruminantes, poligástricos, e destes o esterco bovino, ou melhor o esterco de vaca, de preferência em fase de gestação. Tudo isso pode parecer indicações arbitrárias. Para uma visão ampliada pela Ciência Espiritual Antroposófica essas diretrizes ganham plena validade e encontram sua confirmação na prática diária. Antroposofia é Ciência Espiritual eminentemente prática. O ser humano é um ser individual, dotado de um  "eu", pessoal,exclusivo. Ele extrai do alimento as forças para nutrir o "eu". Consequentemente o dejecto humano é empobrecido em forças germinaisl , em predisposição para o "eu", em alemão "Ich-Anlage". O animal, por sua vez, como não possui um eu individualizado, também não extrai tudo do alimento, quer dizer preserva no seu esterco uma predisposição para a indivi