A Rivalidade
A humanidade como tal ainda é uma criança e a História nos revela essa infantilidade do homem, o ator principal neste drama que se desenrola ao longo do tempo. Abre-se um livro de História e confrontamo-nos com narrações sucessivas de conflitos, intermináveis.
Essa constatação não é para desencorajar os que ainda esperam por uma sociedade humana pacificada.
Mas por enquanto, de um modo geral, o homem sente a necessidade de nutrir-se do confronto, do enfrentamento. É o motor que o impulsiona, que o motiva a seguir adiante.
Vamos nos ater aqui a um aspecto de suma importância:o conflito religioso. A religião mexe profundamente com o emocional. Por isso sempre houve disputas entre diferentes convicções de fé, cada uma defendendo o seu deus particular.
Os cristãos foram duramente reprimidos nos três primeiros séculos de sua história. Até que o cristianismo converteu-se em religião oficial do império romano. De religião perseguida passou a religião perseguidora. Caçava inimigos com vistas à hegemonia.
Veio a reforma protestante para protestar,e a rivalidade persistiu.
E a nova igreja esfacelou-se em inúmeras seitas.
Entendamos bem a palavra "seita". Vem do latim "secta", derivada de "sectum", supino do verbo "secare", que significa "cortar".
A secta é portanto um corte, uma secção retirada de um conjunto original maior. O sectário adere à nova secta e seu sectarismo o impele a combater a outra que lhe deu origem. Ambas, a original e a dissidente, se nutrem da rivalidade.
É o que acontece na história das religiões, das nações, das corporações, dos partidos etc etc.
Se entendemos bem o papel da rivalidade no evolver histórico, resta agora buscar a alternativa que propiciaria um desenvolvimento harmônico da sociedade.
Talvez a palavra seja esta: tolerância.
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