MEMÓRIA HISTÓRICA


Vamos repetir aqui um detalhe que frequentemente passa despercebido aos incautos, comprometidos com ideologias de diferentes matizes.
Referimo-nos ao "Pacto de Não Agressão" assinado pela Alemanha e a União Soviética em 1938.
Até esse ano os dois regimes aparentemente adversários despontavam na arena política européia: de um lado o comunismo socialista soviético, vitorioso na Rússia desde 1917, e de outro lado a Alemanha e a Itália representando o nazifascismo. Como amiúde acontece na História, a um "-ismo" segue-se um "anti-ismo" igual e contrário.
Em reação às pretensões soviéticas de dominação mundial pelos proletários, surge o nazifascismo com a mesma proposta de dominar os demais povos ditos "inferiores" sob a égide da raça ariana "superior", aliada aos italianos do sul, morenos de olhos negros, ambos posteriormente aliados ao Japão.
Providencialmente, no auge da rivalidade nazi-soviética, precisamente no dia 23 de agosto de 1938, a Alemanha de Hitler e a União Soviética de Stalin firmam o fatídico Pacto de Não Agressão, oficializando assim publicamente a afinidade existente entre os dois regimes. No âmbito deste Pacto decidiram também em comum acordo invadir e dividir a Polônia entre as duas potências aliadas.
O Pacto foi cumprido à risca. Em 1° de setembro a Alemanha e em 17 de setembro de 1939 a URSS invadem a Polônia e a repartem entre elas. Essa invasão conjunta marcou o início da Segunda Guerra Mundial.
Era a evidência de como os iguais se atraem segundo o princípio das "Afinidades Eletivas" (Wahlverwandt-
schaften, Goethe).
Essa identidade ideológica entre os dois regimes fica claramente expressa nas respectivas siglas: URSS ( União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) e NSDAP ( Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei).
Em ambas as siglas consta a letra-chave S,  indicadora da ideologia socialista.
Essa comunhão político-ideológica prosperou maravilhosamente nos dois primeiros anos da Segunda Guerra. A Alemanha podia concentrar-se no "front" ocidental e receber apoio logístico e material do lado oriental. Era o melhor dos mundos para as pretensões expansionistas dos dois regimes aliados.
Mas havia um detalhe que frequentemente passa despercebido aos incautos: a História é sábia. A História se rege por uma sabedoria superior. Queiramos ou não a Verdade se impõe, é claro com a colaboração do Homem, o ator principal nesta intrincada peça.
A Alemanha, após contundentes vitórias iniciais na frente ocidental, começa a sofrer pequenas e depois grandes baixas nos confrontos aéreos com a Inglaterra.
A Alemanha, representada por seu Führer de codinome Hitler, dotado de grande carisma, mas desprovido de qualquer senso militar, decide abandonar a ilusão de poder conquistar a Inglaterra, e volta-se para a Europa Oriental.
Contrariando as recomendações de seus mais competentes auxiliares,oficiais de alta patente, especialistas em estratégia militar, decide Hitler por conta própria, atacar de surpresa e traiçoeiramente o seu próprio aliado, Stalin,este um líder carismático, porém tal como o Führer, um homem limitado intelectualmente, revoltado, rude e violento.
Como tal apoiou incondicionalmente seu aliado alemão garantindo-lhe apoio e tranquilidade.
No dia 21 de junho de 1941 Stalin envia para a Alemanha um comboio com dezenas de vagões carregados de trigo da melhor qualidade, cultivado no melhor solo negro, a famosa "Terrapreta", a Tchernozem, (Чернозём).
No dia seguinte, dia 22 de junho de 1941, a Alemanha inicia a invasão que culmina com a sangrenta  Batalha de Stalingrado, a qual marca o início do fim da escalada nazifascista, ou seja o fim da ascensão e início da queda do lll Reich.
Stalin é acometido de um ataque de nervos, permanece paralisado por três dias, recupera-se e logo toma providências para conter seu ex-camarada. Convoca para Chefe das Forças Armadas o General Jukov, muito admirado pelo regime por sua competência militar e por ter sido nascido e criado na zona rural como camponês.
Jukov derrota os invasores e inicia a longa e penosa marcha triunfal no sentido contrário. Quatro anos depois o exército soviético é o primeiro a chegar em Berlim, e assim termina a Segunda Guerra Mundial, exatamente no dia 8 de
 maio de 1945.
Todo esse relato, embora drasticamente resumido, é suficiente para lançar luzes sobre os fatos que neste exato momento acontecem por aqui entre nós, em nosso país.
O passado nos ensina a entender o presente e preparar o futuro.
Mencionemos aqui quatro atores da História Contemporânea e da História Atual, esta ainda  sendo escrita. São eles Stalin, Hitler, Lula e Bolsonaro. 
O que eles têm em comum?
Parece que a História se repete intencionalmente a fim de reavivar nossa memória, fraca, a serviço da insensatez.
São quatro personalidades políticas de grande poder carismático, com nítidos traços psicopáticos.
São indivíduos toscos, rudes, revoltados, incultos, vingativos recalcados, carismáticos 
e misantrópicos.
Insistem em repetir os mesmos erros, com a anuência de maior ou menor contingente da população, desmemoriada.
" Quem tiver história para memorizar, memorize."

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