A luz invisível

A luz é invisível. O que é visível é o objeto iluminado, o que reflete a luz.

Pode parecer estranho. E de fato é.

O espectro solar também é invisível, embora receba o nome de " espectro visível", do vermelho ao violeta, passando pelo verde, a cor central do espectro. 

A folha é verde porque reflete a  invisível luz verde solar. A folha reflete a frequência verde que vem do Sol. É a frequência solar que alcança a folha e a torna visível.

A folha possui um pigmento, a clorofila, capaz de absorver as várias frequências que vêm do Sol, exceto uma, a verde. Esta não é absorvida, pelo contrário, é refletida, fazendo a folha aparecer verde aos nossos olhos.

Diferentemente na cenoura predomina o pigmento alaranjado.

Por isso essa raíz aparecerá aos nossos olhos com sua cor característica, visto que seu pigmento, o caroteno, reflete a frequência laranja. Daí a cenoura ( Daucus carota ) resplandecer em sua cor viva, por conta do caroteno.

E assim todo o chamado "espectro visível" viaja, invisível, pelo espaço, e chega até nós, para nos iluminar.

Todas as frequências alcançam a Terra, são refletidas para a atmosfera, e o céu aparece azul, celeste.

O céu nublado é branco. Ou escuro, quando anuncia uma tempestade.

É a sabedoria da Natureza.

A luz precisa ser invisível para iluminar os objetos e torná-los visíveis, por reflexo. Caso contrário não veríamos nada. Seríamos ofuscados pela profusão.

Durante o dia vemos o céu azul, mas não vemos o céu estrelado no firmamento. Na medida em que o Sol vai-se pondo, ao cair da tarde, os astros começam a aparecer.

No escuro da noite o céu brilha. E brilha mais nos lugares mais remotos. Quanto menor for a interferência da atmosfera melhor será a visão.

Imaginemos uma situação ideal: a visão do céu a partir da Lua.

A Lua aparece para nós iluminada pelo Sol. Porém o céu na Lua é sempre escuro. Ela não tem atmosfera para aparar os reflexos.

Esse detalhe desperta mais uma pergunta intrigante. Uma pergunta ainda sem resposta.

Quando os astronautas pousaram na Lua, em 1969, fincaram ali uma bandeira.

Terminada a missão, embarcaram na espaçonave, de volta à Terra, e deixaram lá a bandeira, conforme foi noticiado nos principais jornais da época.

Deixaram lá a bandeira, "drapejando ao vento."