Simbiose


Chegou agora a notícia que o ministro da agricultura acaba de cancelar sua presença na Agrishow, de Ribeirão Preto, pelo simples fato de não  suportar conviver por poucas horas com seu inimigo, o ex-presidente Bolsonaro.

É a rejeição absoluta ao adversário, ao invés de exercitar a tolerância e aprender, se bem que com grande atraso, a conviver com os diferentes.

Esse comportamento esdrúxulo é fruto do darwinismo que prega a seleção natural, a luta pela vida, a competição e a vitória do mais forte.

Esse darwinismo biológico desembocou no darwinismo social, o neoliberalismo, praticado em nível pessoal, empresarial, nacional e internacional.

Até a desgastada geopolítica aprova a triste conceituação:

"Nações não têm amigos, têm interesses."

Neste sentido, pátrias são grupos aquartelados, armados contra os outros. A esse ponto chegou o Darwinismo, longe do que previa o seu fundador.

O que esperar de esquemas políticos em permanente litígio,  excluindo -se mutuamente?

Quando todos sabemos que na biologia não é a forçada competição, e sim a livre cooperação, a simbiose, o mutualismo, o verdadeiro fator que promove a evolução.

O melhor exemplo é o salto fantástico da vida aquática para a vida terrestre.

Esse salto  só foi possível graças à simbiose

alga-fungo, o que resultou no líquen, o primeiro vegetal a iniciar a jornada evolutiva em terra firme.

É o que a vida nos ensina, a despeito de tantas conclusões "científicas".

O associativismo é a alternativa para garantir a sobrevivência da espécie.

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