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Mostrando postagens de abril, 2024

A MINORIA

  Já falamos aqui da divisão do povo judeu em duas categorias: 1) uma metade que permanece vivendo pacífica e prosperamente nos diferentes países que os acolheram em função da diáspora. 2)a outra metade que optou por emigrar para Israel, um país fundado em 1948 na Palestina. São os israelenses, os adeptos de uma corrente sionista fundada no século XlX por Theodor Herzl. A diferença fundamental entre esses dois grupos é que o primeiro vive em paz, aculturado, integrado com as populações locais. O segundo grupo vive isolado, só entre eles, dependente do apoio externo e em estado permanente de guerra contra seus vizinhos e antigos moradores do território. Uma guerra sem data para terminar, em escala ascendente. Vamos falar aqui de uma outra distinção entre os israelenses: a minoria dirigente e a maioria dirigida. Até recentemente, precisamente até 7 de outubro de 2023. A maioria vinha protestando veementemente, em frequentes manifestações de rua, inconformada com a proposta do governo de

OTAN

  Com vistas a se protegerem de um eventual ataque da União Soviética  cinco países europeus assinaram o Tratado de Bruxelas em 1948. Em 1949 mais 7 países aderiram e fundaram em Washington a OTAN, uma aliança militar para garantir a segurança dos países membros contra a  ameaça da URSS  (Rússia). Em 1951 Grécia e Turquia aderiram à Aliança. Em 1954 a URSS solicitou o ingresso, mas não foi aceita. Em 1955 a Alemanha Ocidental     juntou-se à OTAN. Logo após, em 1955, a URSS fundou o Pacto de Varsóvia , uma aliança militar de 8 membros do bloco comunista da Europa Oriental. Em momento algum os dois blocos se enfrentaram diretamente. Foi o período da Guerra Fria.  Entre 1989 e  1991 aconteceram quatro fins importantíssimos:o fim do bloco socialista, o fim da URSS, o fim do Pacto de Varsóvia e o fim da Guerra Fria. Teoricamente a OTAN também deveria deixar de existir por falta de inimigos.  Entretanto , todos os paises emancipados da ex-URSS solicitaram a adesão à OTAN, prevenindo-se de u

A CRISE

  Em 1929 aconteceu a crise do capitalismo, a quebra da Bolsa de Nova Iorque. Os comunistas pularam de alegria ante a miséria das pessoas nas ruas estadunidenses. Em 1991 a União Soviética faliu e deixou de existir. O mundo capitalista pulou de alegria, declarando vitória. Em 2008 o capitalismo faliu com a crise do setor financeiro e imobiliário nos EUA. O mundo esquerdista pulou de alegria, cantando vitória. Agora é a China, mergulhada na maior crise do setor financeiro, obrigado a financiar a falência do setor imobiliário, com cidades inteiras repletas de prédios vazios, produto da economia ultra-planificada. A ultra-direita está só esperando a falência total do modelo chinês para sair por aí pulando de alegria com a desgraça alheia. Eu, impaciente, só estou esperando o Fim da História que não chega.

MEDO

Hoje. março 2024, o grande medo do mundo é que aconteça a lll Guerra Mundial a qualquer momento.As origens desse perigo estão lá atrás, na Revolução Comunista de 1917. A proposta era cumprir o ideal marxista de implantar uma economia socialista e expandir-se via Revolução Mundial: os proletários do mundo inteiro assumiriam o poder sob a forma de Ditadura do Proletariado. O lema era: "Proletários de todos os países, uni-vos." No original russo:" "Пролетарии всех стран, соединяйтесь." A ideologia pregava a união de uma classe contra todas as outras. Era a Luta de Classes que culminaria com a vitória da classe proletária e finalmente a " Sociedade sem Classes." (Бесклассовое общество). Esse pensamento norteou a política russa desde Lenin, formando a URSS constituída de Rússia e mais 5 Repúblicas. Stalin deu continuidade à política expansionista reunindo 11 Repúblicas vinculadas à Rússia. Stalin pretendia expandir-se ainda mais. Em agosto de 1939  aliou-s

PAULO

No 1° século após a Virada dos Tempos, no início da Era Cristã, o povo de Israel esperava um Messias salvador da pátria. Um grande líder militar que conduzisse a nação a libertar-se do domínio romano. Como isso não aconteceu uma parte do povo eleito de Israel não aceitou a proposta cristã: "Meu Reino não é deste mundo." Uma outra parte do povo israelita aderiu ao Cristianismo e deu continuidade à sua missão, enfrentando forte resistência do Império Romano associado aos israelitas (judeus) não convertidos. Por volta do ano 50 surge no cenário histórico a figura de Saulo, depois chamado Paulo,  que era judeu, de cultura grega e cidadão romano, oficial do exército encarregado de perseguir os cristãos, ou seja os judeus convertidos à nova fé. Saulo, ou Paulo, foi o primeiro a reconhecer e propagar a noção de que o Cristianismo não era privilégio de um povo e sim uma mensagem para todos os povos. Assim passou a pregar a Boa Nova e fundar comunidades em diferentes lugares, sem dist

TRIBALISMO

As culturas pre-cristãs eram grupalistas. Prevalecia a consciência de grupo, de tribo, de nação. A consciência tribal motivava as pessoas a se organizarem para lutar contra outras tribos. Quando várias tribos se uniam formavam um império com tendência a se expandir, agregando outras tribos ou nações, por algum tempo. Foi o caso do Império Mongol que começou com um homem, Gêngis Khan. Os mongóis chegaram a formar o maior Império contínuo de todos os tempos. Também não durou muito. É a lei histórica da "periodicidade cíclica". Essa lei determina que nenhum Império possa existir indefinidamente. Ao Império Babilônico seguiu-se o Império Persa, o Grego, o Romano, oTurco, o Britânico, etc É um determinismo histórico. Um exemplo é o Império Soviético. Chegou a reunir 15 Repúblicas e pretendia expandiu-se ainda mais promovendo a Revolução Mundial dos proletários. Terminou em 1991. O Império nazi-fascista-nipônico pretendia durar mil anos. Durou 12. Sucumbiu   em 1945. Os Impérios co

O CURSO AGRÍCOLA

No 3° capítulo do Curso Agrícola de 1924, em Koberwitz, o autor descreve a atuação dos elementos químicos apresentados como portadores de forças específicas. Graças ao progresso das Ciências Naturais podemos hoje visualizar os processos por vias sensoriais e comprovar os dados da pesquisa espiritual. Comecemos pelo carbono, C, de número atômico 6, o portador do componente físico. Na Tabela Periódica o carbono situa-se na mesma coluna do silício, Si, número 14, o processador de luz. Ao lado do carbono está o nitrogênio, N, de número 7, portador do astral e vizinho do oxigênio, O, número 8, portador do etérico-vital. Para o materialista a sequência dos elementos na Tabela é meramente casual. Prevalece o princípio da casualidade. O espiritualista percebe uma sabedoria oculta atuando nos processos naturais. A Ciência Espiritual preenche as lacunas deixadas pela Ciência Natural, sem confrontos. Na corrente sanguínea o ferro, Fe, da hemoglobina carrega o oxigênio (02) até a célula, para reag

DOMINGO DE PÁSCOA

A Páscoa é o coração e a verdadeira fonte da fé cristã. Como dizia Paulo:"Se Cristo não ressuscitou, então nossa fé é nula e vazia."  A religiosidade cristã tem esta meta: conviver com o Cristo ressuscitado. Não no passado nem no futuro, e sim aqui e agora. Pressupõe a mais profunda superação do atual modo materialista de pensar. Esse acontecimento central de toda a evolução não é um processo material e sim supra-sensorial, de natureza corpórea e espiritual. Qual é o espaço do Ressurreto? Como acessá-lo? Aqui ressoa a palavra: Alegrar-se. Alegra-se a Natureza com os frutos do outono. Alegra-se o coração dos homens Alegra-se o interior e o exterior. Aqui diferenciam-se os quatro Evangelhos mais do que nunca. As diferenças não são casuais. Formam um todo coerente Mateus destaca-se por sua composição cristalina. Os abalos sísmicos preparam nossa alma para a grandeza do acontecimento. Por outro lado um drama humano se desenrola junto ao túmulo. Os guardas são subornados  para men

O SÁBADO

Hoje é dia 30, sábado, o Dia de Saturno, o Saturday. Estamos junto ao sepulcro preparado por José de Arimatéia para receber o corpo de Cristo. O ambiente revela o peso plúmbeo de Saturno, como sempre fora para os fiéis da Antiga Aliança. Hoje é o Sabbat  de todos os Sabbats. É como se um guerreiro penetrasse as profundezas de uma caverna para lutar com um monstro draconiano. Ontem, no meio do dia, quando Cristo inclinava sua cabeça sem vida, a cortina do Templo rasgava-se de cima abaixo. Era algo mais que simples consequência dos tremores de terra. Permitia o olhar livre no interior dos mundos secretos até então. Olhar no Reino do Santíssimo, até ontem acessível apenas ao Sumo Sacerdote. Desde tempos imemoriais sepulcros eram altares para onde os homens iam em busca do convívio com os deuses e com as almas dos falecidos. Eram tempos remotos em que a Morte era a irmã do sono. Ninguém questionava a imortalidade. Ao longo dos milênios os homens desciam cada vez mais fundo na encarnação. E

SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO

Hoje é dia 29, Sexta-feira Santa, dia de dor e violência, sem que Jesus esboce qualquer sinal de resistência. Exteriormente Ele se revela passivo, resignado, submisso a seus algozes. Sua luta é interior, contra as forças adversas, luciféricas e arimânicas, ilusórias e endurecedoras. No Domingo passado Ele vivenciou o júbilo exacerbado expresso no "Hosana". Na segunda -feira Ele rejeitou a antiga espiritualidade. Luta com palavras contundentes, contra a fria astúcia que busca aprisionar o homem nos limites terrenos, nos domínios da matéria. Após a Ceia dirigem-se para o Horto Getsêmani. A consciência dos discípulos não alcança a grandeza do momento. Judas já O abandonara. Já mergulhara na noite obscura do erro. Os outros adormecem. Pedro O nega. A luta de Jesus é contra o perigo de a morte O levar prematuramente. Ele sua sangue, sintoma de Sua agonia. Não teme a morte. Não se entrega, mesmo abandonado. Só Judas aproxima -se com homens armados e conclui seu ato maligno. Nesta m

QUINTA-FEIRA SANTA

Hoje, quinta-feira, dia  28, inicia-se um sagrado silêncio. Os fiéis da Antiga Aliança preparam-se para o Sabbat da Páscoa judaica. Os familiares se reúnem para comer o cordeiro pascal. Nas ruas o vazio total. Jesus e seus discípulos dirigem-se para o local onde celebrarão a Ceia da Páscoa. Era o Cenáculo dos Essênios.  Logo em frente situa-se a Casa de Caifás, a sede da Ordem dos Saduceus, onde também celebra-se a Páscoa. No Cenáculo Jesus e os discípulos cumprem o mesmo ritual. O cordeiro pascal está na mesa para ser consumido em memória do feito de Moisés. Porém com uma diferença. À mesa do Cenáculo  está sentado Aquele de quem João Batista falou:"Eis o Cordeiro de Deus, que carrega os pecados do mundo." Durante séculos o cordeiro foi sacrificado na Páscoa. Agora o próprio Cordeiro de Deus estava ali à mesa. Cumpria-se a profecia. O sacrifício animal estava sendo superado. O próprio Cristo, o Agnus Dei, atuando entre os homens. E para espanto geral Ele toma o pão e o vinho

A SEMANA SANTA

  Domingo foi dia 24, o Domingo de Ramos. O dia em que Jesus entrou em Jerusalém, montado num burrinho, aclamado pelos moradores: "Hosana", recebido com flores e ramos lançados pelas ruas da cidade. Era o júbilo do povo, no Dia do Sol, o Sunday, o Sonntag. Dia 25, segunda-feira, foi o Dia da Lua, o Lunes, o Mon Day, o Mon Tag. Um dia meio escuro, em que a figueira, o símbolo da antiga visão espiritual, semi-consciente, onírica, é secada. Perdeu o seu valor. Não frutifica mais. Cumpriu sua missão.  O Novo está próximo. Os vendilhões do templo são expulsos. Profanaram o lugar sagrado. Ontem, terça-feira, dia 26, foi o Dia de Marte, o deus da guerra., o Mardi. Pela manhã, Jesus retorna à cidade. É o dia de luta. Os homens do passado, os doutores e os escribas, aproximam-se e lançam-Lhe perguntas capciosas. Jesus luta, em igualdade, com as armas do espírito. Compara-os aos vinhateiros que negam os frutos a quem de direito. Espera que eles acordem. São chamados para as bodas, mas