SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO


Hoje é dia 29, Sexta-feira Santa, dia de dor e violência, sem que Jesus esboce qualquer sinal de resistência. Exteriormente Ele se revela passivo, resignado, submisso a seus algozes.

Sua luta é interior, contra as forças adversas, luciféricas e arimânicas, ilusórias e endurecedoras.

No Domingo passado Ele vivenciou o júbilo exacerbado expresso no "Hosana".

Na segunda -feira Ele rejeitou a antiga espiritualidade. Luta com palavras contundentes, contra a fria astúcia que busca aprisionar o homem nos limites terrenos, nos domínios da matéria.

Após a Ceia dirigem-se para o Horto Getsêmani.

A consciência dos discípulos não alcança a grandeza do momento.

Judas já O abandonara. Já mergulhara na noite obscura do erro.

Os outros adormecem. Pedro O nega.

A luta de Jesus é contra o perigo de a morte O levar prematuramente. Ele sua sangue, sintoma de Sua agonia. Não teme a morte. Não se entrega, mesmo abandonado.

Só Judas aproxima -se com homens armados e conclui seu ato maligno.

Nesta manhã de sexta-feira é conduzido ao Monte do Gólgota onde se encontra com a Humanidade. Mal mantém -se vivo, aparentando total passividade.

Poderosas forças inimigas O atacam. A Terra treme. O Sol escurece.

No meio das trevas o corpo sem vida, pregado na cruz, começa a luzir. Em pleno dia uma secreta luz solar atravessa a noite tenebrosa.

O Sol material se apaga, um novo Sol irradia -se da cruz, prenúncio do Sol do Domingo

De suas chagas derrama-se o sangue sobre a Terra, para fecundá-la. O corpo é sepultado. A Terra o recebe, em comunhão, como um fermento que pode levedar toda a existência.

As forças vitais etéricas podem ligar -se à vida terrena.

Para estarem conosco, todos os dias, até a consumação dos tempos.

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