QUINTA-FEIRA SANTA
Hoje, quinta-feira, dia
28, inicia-se um sagrado silêncio. Os fiéis da Antiga Aliança preparam-se para o Sabbat da Páscoa judaica. Os familiares se reúnem para comer o cordeiro pascal. Nas ruas o vazio total. Jesus e seus discípulos dirigem-se para o local onde celebrarão a Ceia da Páscoa. Era o Cenáculo dos Essênios.
Logo em frente situa-se a Casa de Caifás, a sede da Ordem dos Saduceus, onde também celebra-se a Páscoa.
No Cenáculo Jesus e os discípulos cumprem o mesmo ritual. O cordeiro pascal está na mesa para ser consumido em memória do feito de Moisés. Porém com uma diferença. À mesa do Cenáculo está sentado Aquele de quem João Batista falou:"Eis o Cordeiro de Deus, que carrega os pecados do mundo."
Durante séculos o cordeiro foi sacrificado na Páscoa. Agora o próprio Cordeiro de Deus estava ali à mesa. Cumpria-se a profecia. O sacrifício animal estava sendo superado. O próprio Cristo, o Agnus Dei, atuando entre os homens.
E para espanto geral Ele toma o pão e o vinho e os serve, dizendo: "Tomai e bebei, este é o meu corpo, este é o meu sangue." O pão e o vinho, os verdadeiros sinais do Deus-Sol.
O pão e o vinho que Melquisedeque, dois mil anos antes, levara para Abraão que retornava para casa.
Interioriza-se a idéia do sacrifício. À religião lunar segue-se a religião solar. O alvorecer de um novo dia.
Precedendo o Ato, Cristo lava os pés dos discípulos, até de Judas.
O primeiro momento do Ato Sacramental foi o anúncio da Boa Nova.
O segundo foi o Ofertório. Oferecer de bom grado.
O terceiro foi a Transsubstanciação, a Transformação, a atuação de forças cósmicas na matéria terrestre.
Como uma semente que germina, enraiza-se, cresce, floresce, frutifica, sementeia e pereniza-se. O Reino dos Céus cuida do processo. A minúscula semente desaparece e eterniza-se em nova planta. A uva dá o vinho, o trigo dá o pão.
À mesa recebemos o alimento como a hóstia consagrada. A Criatura comunga-se com o Criador.
Cada refeição é uma extensão da Santa Ceia.
A Eucaristia, instituída na Quinta-feira Santa.
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