A MINORIA

 

Já falamos aqui da divisão do povo judeu em duas categorias:

1) uma metade que permanece vivendo pacífica e prosperamente nos diferentes países que os acolheram em função da diáspora.

2)a outra metade que optou por emigrar para Israel, um país fundado em 1948 na Palestina. São os israelenses, os adeptos de uma corrente sionista fundada no século XlX por Theodor Herzl.

A diferença fundamental entre esses dois grupos é que o primeiro vive em paz, aculturado, integrado com as populações locais.

O segundo grupo vive isolado, só entre eles, dependente do apoio externo e em estado permanente de guerra contra seus vizinhos e antigos moradores do território.

Uma guerra sem data para terminar, em escala ascendente.

Vamos falar aqui de uma outra distinção entre os israelenses: a minoria dirigente e a maioria dirigida.

Até recentemente, precisamente até 7 de outubro de 2023. A maioria vinha protestando veementemente, em frequentes manifestações de rua, inconformada com a proposta do governo de adulterar a democracia e desfazer o equilíbrio entre os três poderes.

Quando maís intenso era o movimento rebelde da maioria, a minoria dominante resolve fazer vista grossa, afrouxar a vigilância e permitir a ação terrorista na Faixa de Gaza.

A retaliação foi violenta, multiplicada por 30, e recolocou a maioria de novo ao lado da minoria.

Nada melhor do que uma guerra para unir uma nação desunida.

Isso em parte.

A realidade confirma que toda regra tem exceção. Uma parte da maioria continua protestando.

O maior aliado de Israel, a Presidência dos Estados Unidos, volta -se contra a minoria dirigente, implora para que cesse o massacre e já providencia construir um porto para viabilizar a entrega de ajuda humanitária aos flagelados de Gaza via litoral, uma via de acesso permitida.

Estamos na espectativa de quem sairá vitorioso no conflito de Gaza: a maioria sensata ou a minoria enlouquecida?

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