MAIO
É o mês das celebrações festivas, do Trabalho, das Mães, das Noivas, da Abolição e da Vitória. A única que destoa é a da Praça Vermelha.
Nos países livres a Vitória é discretamente comemorada no dia 8. Em Moscou pomposamente no dia 9.
Acontece que a pompa já não é mais aquela de 79 anos atrás. Vem se esvaziando gradativamente.
A solenidade que se propunha exaltar os heróis vitoriosos, acabou virando um palco de lamentações.
Em momento algum o discurso menciona a aliança nazi-soviética e o início da II Guerra ,quando Rússia e Alemanha, compactuadas, invadiram a Polônia em setembro de 1939.
Em momento algum o discurso sequer menciona que a Ucrânia está lutando sozinha desde dezembro. São seis meses sem o apoio do Ocidente.
O discurso enfatiza, mentirosa mente, que o Ocidente invade a Rússia para destruí-la.
Por mais que Putin se esforce em simular o papel de pobre vitima, o povo cada vez menos, se dispõe a sair de casa, expor-se ao frio e à neve e celebrar a santa operação militar.
O circo estava bem armado, só que com mais figurantes no picadeiro do que espectadores na arquibancada
A duração do show foi menor, diminuindo o risco de receber algum drone caseiro.
É a melancolia do fim de uma era.
Todos sabemos que a vitimização apenas anuncia a próxima derrota. É o que sempre acontece com os eternos perseguidos,
O povo está cansado. São longos séculos de História sem liberdade.
Czarismo, sovietismo e putinismo, sucedendo -se.
Uma luz acende-se no fim do túnel.
Após a derrota de Putin na Ucrânia ,o povo russo, liberto, festejará a legítima vitória.
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