O ATO DE CONSAGRAÇÂO

 


      Já falamos aqui dos dois primeiros passos do Ato  de Consagração do Homem, o ritual cristão adequado às exigências do homem atual que não mais se contenta com conceitos abstratos apresentados por uma autoridade.Nos últimos 500 anos vimos desenvolvendo a Alma da Consciência. Queremos compreender, é claro sem perder o alcance da  fé em seu sentido mais profundo.

       O Ato de Consagração do Homem é o culto religioso abrangendo quatro passos.

       Como um culto, lembra a pessoa do cultor, do cultivador, do semeador, do cuidador da terra, o que nela habita.

       O agri-cultor ouve o chamamento e segue sua vocação, a voz que o chama a cumprir sua missão.

       Ele ouve a Boa Nova, a Boa Mensagem, o Eu Angelion. A leitura do Evangelho  é o primeiro passo, feita do lado esquerdo do altar, o lado receptivo.

       O cultor da terra ouve e segue a vox, a sua vocação. Inicia-se o segundo passo.

       Ele oferece o seu trabalho, prepara o terreno, fertiliza-o e lança nele a semente. Seu trabalho é sua oferenda, é seu Ofertório, celebrado do lado direito, o seu lado ativo.

       A terra é o seu altar onde ele celebra  o  Ato Sacramental.

       O agri-cultor, como que dotado de um dote sagrado, um sacro dote, realiza o seu trabalho, oferece o seu sacrifício, no melhor sentido da palavra. É o seu sacro ofício: preparar a  terra para que receba a semente. Esta cai em solo fértil.

       A semente germina, enraíza, cresce, floresce, frutifica, sementeia e se perpetua. Passa por sucessivas metamorfoses, transformações, transmutações.      

       Transsubstanciações. 

       É o terceiro passo cúltico.  Por fim a planta é colhida e levada à mesa. A uva transmutou-se em vinho, o  trigo em  pão.  

       A hóstia e o vinho são consagrados.

       O alimento é recebido. Consuma-se o quarto passo sacramental. Na Comunhão a Criatura comunga-se com o Criador. Assim também na nossa  refeição quotidiana, um prolongamento da Santa Ceia, celebrada na Quinta-Feira Santa,  no Cenáculo dos Essênios, em Jerusalém.

       Naquele momento o próprio Cordeiro Divino, o Agnus Dei, o que se sacrifica por todos, pronuncia a palavra:

       "Tomai e bebei, este é o meu Corpo, este é o meu Sangue. 

       Fazei isso em memória de Mim."



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