Liberdade conquistada

Todos concordamos que liberdade é nosso bem mais precioso. Todos queremos ter liberdade. Só que o conceito assume vários significados e confunde as pessoas.

Já em 1789, por ocasião da Revolução Francesa, liberdade era a primeira na trilogia "Liberdade, igualdade,fraternidade."

A sociedade francesa liberta-se do despotismo monárquico. Uma grande   conquista.

Contraditoriamente, já em 1799, por um golpe de Estado, sobe ao poder Napoleão Bonaparte, brilhante militar e competente administrador. Tomou o poder, governou com eficiência e partiu para guerras de conquista, tendo o cuidado de constituir uma nova linhagem, napoleônica. Ou seja substituir a monarquia dos Bourbons pela monarquia dos Napoleões. E em 1804 coroou-se a si próprio Imperador. 

São curiosidades da História: um filho da revolução burguesa libertária reconstituiu a monarquia, que também durou pouco, até 1815.

Os ideais persistiram, ganhando um novo impulso no século XX.

No âmbito da Ciência Espiritual Antroposófica ressurge, em 1919, a proposta de estruturar a sociedade sobre os três pilares: liberdade na esfera cultural, igualdade no campo jurídico e fraternidade no econômico.

Foi lançada a idéia. Os "Pontos Centrais da Questão Social" foram claramente delineados, e ao longo de 100 anos inspiraram importantes iniciativas, em valioso aprendizado.

Um século depois a proposta ganha novos impulsos no Brasil, estando já em vias de se concretizar o "Banco Ético", dando continuidade a um trabalho vitoriosamente iniciado na Europa.

Uma iniciativa cidadã, livre de qualquer ingerência oficial.

Uma evidência de que o cidadão livre pode vir a ser o catalisador de abrangentes mudanças sociais.