Sucessivos governos se alternam no poder, cada um fazendo propostas, opostas ao anterior. Alternância de poder é privilégio da democracia. Se algum poderoso se encastela no palácio, significa que o "demos", o povo, não tem mais poder, "kratos". Geralmente todo eleito pelo demos cobiça ser autocrata, por ele mesmo, ou seu filho, ou seu indicado. Muitos, quando perdem, revoltam-se, e reagem, capitolicamente, como maus perdedores. E continuam perdidos. É assim em Cuba, na Venezuela, na Coréia do Norte, nos USA, na antiga URSS, na atual Rússia. São fatos. Vejamos o Brasil. A ameaça esquerdista de 1963 produziu a ditadura direitista de 1964. 21 anos depois a ditadura militar perdeu o poder para a sociedade civil. E os governos se sucederam, democraticamente. O fracasso de um gerava o outro, o adversário. Em 1990 assumiu a direita, collorida. Dois anos depois perdeu para o centro, equilibrado. Este passou para um meia-esquerda, que se repetiu duas vezes. Seu fracasso cri