A Eterna Estrela

Muito se fala de nascimento e morte de uma estrela.
Pode parecer que ela simplesmente nasce, cumpre um ciclo de vida, morre, e deixa de existir.
Os fatos revelam a verdade. A estrela não para de existir. Ao cumprir sua passagem pela existência, inicia um novo ciclo, é claro num nível mais avançado que o anterior.
Quando sua força de condensação alcança o máximo, ou seja, quando seus componentes alcançam um ponto ótimo de compactação ou gravitação, não podendo contrair-se ainda mais, visto que os últimos espaços vazios foram preenchidos, resta então uma saída: explodir. A súbita explosão e expansão, o clarão formado indica que uma nova, ou uma supernova estrela nasceu.
O clarão indica que um novo ser foi dado à luz. Acabou de nascer, aliás, de renascer. E está pronto para uma nova jornada de experiências.
Aquele núcleo, escuro, como um buraco negro, ainda há pouco comprimido ao extremo,  manifesta-se agora radiante, difundindo luz para todos os lados. Com seu brilho esplendoroso.
É a lei universal que vigora sempre. Vale para uma estrela, uma constelação, uma galáxia, um aglomerado, e até para um Universo inteiro. E até mesmo para um óvulo fecundado. Aninhado no útero materno, o ovo,  ou zigoto cresce vertiginosamente, até vir à luz.
Devemos a Ernst Haeckel a magistral descoberta: "A Lei Básica Biogenética". 
A metamorfose de um ser reconstitui toda a evolução da espécie.
Em outras palavras: A ontogenia reconstitui a filogenia.
Podemos, conscientemente, aplicar a mesma lei aos demais seres astrofísicos, as fontes de onde jorra o caudal de vida ao nosso encontro.
A estrela, que se apaga e novamente se reacende, nos passa uma débil noção do que deva ser o mistério da eternidade.

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