O complexo industrial-militar

Após a II Guerra Mundial, o presidente Gen. Eisenhower, cunhou a expressão "Complexo Industrial-militar."

Significa que toda nação que progride deve, necessariamente, também consolidar seu poderio militar.

O argumento é que uma potência militar poderá melhor defender-se dos inimigos que a atacarão. São forças armadas comandadas por um Ministério da Defesa. Não existe o ministério do ataque.

São bilhões investidos no setor, e quem paga a conta é o cidadão, o pagador de imposto.

O cidadão vê o seu dinheiro, imposta mente arrecadado pelas autoridades, desviado para fins bélicos, enquanto sofre com as precariedades na educação, saúde, saneamento e alimentação. O seu dinheiro, recolhido pelos eleitos, tem outro destino que não as necessidades reais dos eleitores.

A Aeronáutica compra caças superssônicos que não conseguem caçar os incendiários florestais nem os garimpeiros contaminantes com mercúrio. A Defesa não nos defende dos agressores ambientais.

Mas conservamos a esperança.

Um belo exemplo nos dá a pequenina Costa Rica, localizada no istmo da América Central. Optou pela paz e aboliu as Forças Armadas.

Enquanto os Estados Unidos disseminavam o conceito de complexo industrial-militar, a  Costa Rica, em 1948, decidia por abolir o Exército e proibir, em sua Constituição de 1949, a presença militar no país.

Em 3 de dezembro de 2018, a Costa Rica celebrou os 70 anos de abolição do Exército, agora decretada Festa Nacional.

A Abolição Militar de 1948 permitiu ao país triplicar sua cobertura educacional e sanitária. E ainda impulsionar seu crescimento econômico.

E também triplicar a porcentagem da seguridade social.

O atual Presidente Carlos Alvarado, durante os festejos de 2018, enalteceu a pessoa de Dom Pepe Figueres, o mentor do desarmamento.

Na ocasião Alvarado reiterou a proposta de abolir os combustíveis fósseis na linha ambiental de "descarbonização."

Tudo isso acontecendo ao mesmo tempo em que o enorme gasto militar do governo norte-americano dispara o seu déficit fiscal em mais de um trilhão de dólares.

E governantes, dos diferentes matizes ideológicos, infantilizados, divertem-se com  jogos de war.

Concluímos esta matéria listando aqui alguns países soberanos que optaram por manter-se desmilitarizados:

Domínica

Kiribati

Liechtenstein

Ilhas Marshall

Estados Federados da Micronésia

Nauru

Palau

Samoa

Ilhas Salomão

Tuvalu

Panamá

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