ANTES, AGORA E DEPOIS
Nos idos de 1940 e 50, a China não tinha capital, nem tecnologia, nem matéria prima. Tinha uma imensa população e uma cultura milenar.
A arte marcial chinesa sempre empolgou as pessoas.
Não importa aí a força física do lutador. A sutileza consiste em usar a força do adversário contra ele mesmo.
Neste sentido Mao-tse-tung foi anti-chinês. Usou da violência e suprimiu a liberdade para impor seu regime. E se fechou para o mundo.
Só posteriormente a China adotou outra estratégia.
Aplicou o golpe certeiro, como um antigo mestre Kung-Fu ou Shao-lin.
Abriu-se para o estrangeiro para receber o que não tinha: capital, tecnologia e matéria-prima. Em troca ofereceu mão de obra abundante e barata. E submissa.
Os ocidentais caíram no golpe.
Ofereceram suas empresas e sua tecnologia a fim de melhor explorar o proletário chinês. Produzir barato e vencer a concorrência internacional.
Morderam a isca.
Com paciência oriental, os chineses foram lentamente assimilando o modelo estrangeiro, emancipando-se e ganhando competitividade.
Agora, o produto chinês concorre no mercado, em preço e qualidade.
Já têm a bomba atômica
e ameaça tornar-se a grande potência mundial, arriscando-se, entretanto, a perder a adesão do Ocidente, o mercado e as fontes de matéria-prima.
Neste momento entra em cena a Nova Rússia, a Novorossia.
Embora seja eurasiana, revela a mesma ingenuidade.
Confrontando-se em desvantagem com o Ocidente,
a Rússia oferece à China matéria prima e um mercado de 140 milhões de ávidos consumidores.
Em reconhecimento a China acena de volta com a promessa de aliança infinita.
A Filosofia levanta aí duas hipóteses;
1) a evolução é um fato, tudo flui e se transforma.
2) a evolução não existe, a História sempre se repete.
Resta uma variação:
O Homem aprende a lição.
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