KHRUTCHOV


A biografia de Khrutchov (Хрущов) é emblemática.
Nos anos tétricos da ditadura soviética Khrutchov foi o braço direito de Stalin. Participou ativamente dos expurgos da década de 30.
Embora russo foi nomeado governador da República Socialista Soviética da Ucrânia e ajudou a implantar a tormentosa coletivização da agricultura.
Acompanhou de perto a assinatura e o cumprimento do Pacto de Não -agressāo Germano-soviético de 1939.
Foi aliado da Alemanha nazista por quase dois anos, até o dia 22 junho de 1941, quando os nazistas, traiçoeiramente, invadiram a URSS, no âmbito da Operação Barbarossa.
Khrutchov transformou-se repentinamente, voltou-se contra a Alemanha e até participou da batalha de Stalingrado, saindo vitorioso em Janeiro de 1943.
Permaneceu fiel até a morte do seu líder em 1953.
Khrutchov assumiu o poder e, arrependido, iniciou uma campanha de abrandamento do regime.
Corajosamente denunciou os crimes de Stalin e para desespero dos mais radicais, deu início à desestalinização.
Continuou liberalizando lentamente, vencendo resistências.
Em 1959 foi o primeiro soviético a visitar os EUA.
Porém insistiu em fortalecer-se militarmente e continuar protagonista na Guerra Fria.
Em 1962 instalou mísseis em Cuba desencadeando a mais séria crise com os EUA, quase chegando à lll Guerra Mundial.
Felizmente Khrutchov foi sensato e reconheceu sua responsabilidade. Cedeu e retirou os mísseis.
Como castigo por essa "humilhação", foi destituído do cargo e confinado em sua residência até a sua morte em 1971.
20 anos depois outro idealista, Gorbatchov, tentou também flexibilizar o regime a partir de 1985. 
Em vão. Sofreu um golpe dos radicais, o que contudo não impediu o colapso da URSS, um modelo socialisticamente inviável, fundado na repressão.
Sucedeu-lhe o fanfarrão Yeltsyn, alcoólatra e incompetente, caindo em desgraça junto ao público, sobretudo após a derrota na Chechênia.
A popularidade do líder é proporcional às vitórias nas sucessivas guerras.
É o mesmo destino reservado ao atual ditador-presidente.
Ele inventa guerras para manter-se popular. Seu maior ídolo é Stalin e tudo faz para reabilitá-lo. Como tal Putin detesta Lenin, Khrutchov e Gorbatchov.
Neste momento basta uma derrota na OME para acordar o povo e deixar transparente toda a falácia imposta aos crédulos cidadãos.

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