O ABSURDO

        


       Os últimos acontecimentos  no cenário mundial provocaram grande indignação em escala global. É a jovem democracia americana vivendo ainda a sua infância, aos dois séculos de idade.

       Na verdade o continente americano, descoberto por Colombo, já alcançou a idade de 500 anos, é claro sem contar os povos indígenas que já habitavam a América havia milênios, egressos  de outras regiões.

       Excluindo-se os antigos nativos, o "Novo Mundo" abriga uma população jovem, pouco experiente.

       Exatamente porisso não é de admirar que um cidadão americano, candidato a presidente, consiga eleger-se com ampla maioria, apoiado pela massa de eleitores e pela pequena minoria dinheirosa de multi-bilionários.

       Após 80 dias de governo a maioria eleitora e a minoria apoiadora mostram-se arrependidas, embora o seu eleito esteja apenas cumprindo suas promessas.

       O absurdo é que a estratégia para reconstituir o passado glorioso e reconquistar a hegemonia perdida,  consista em promover a guerra das tarifas. deixando parecer para a massa menos aquinhoada, bem como para a fina camada endinheirada, que a tarifa é uma arma poderosa apontada contra o inimigo do outro lado. Uma vez acionado o gatilho, a América ficará  novamente grande.

       O que passou despercebido para eleitores e apoiadores é que as benditas tarifas são "tarifas de importação." É um raciocínio primário que nem um Elon Moska nem um Chucroberg e nem um Obesos puderam entender a tempo. Estão entendendo agora, 80 dias depois da posse.

       Se a tarifa é de importação  isso quer dizer que o produto estrangeiro, ao cruzar a fronteira do país importador, sofre uma carga tributáris  de 10, de 30, ou de 50, de 80 e de até 125%.

       Fica parecendo ao eleitor desesclarecido e ao apoiador locupletado que quanto mais alta a tarifa mais destruidora é a arma apontada contra o malvado  exportador. Porém agora começam a entender que quem paga o imposto de importação  é o cidadão que compra o produto importado, e não o cidadão do Extremo Oriente que fabrica e vende seu produto para o cidadão do Extremo Ocidente, este ansioso por consumir o que ele próprio não fabrica.

       O raciocínio é tão simplório que dispensaria qualquer explicação. A ficha demora  a cair devido à infantilidade do  jovem "Novo Mundo"

       O maior absurdo que mais impressiona nessa história toda é que a milenar cultura chinesa, que já passou dos 5000 anos de idade, responde às tarifas ocidentais e paga com a mesma moeda. Impõe ao seu próprio povo pesadas tarifas recíprocas retaliatórias, na pretensão de vingar-se do seu adversário, justamente o seu  melhor freguês, o seu maior comprador de produtos "Made in China".

       Nós, daqui do "Nosso Mundo", gostaríamos de entender.

       

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