A Vitimização

Um traço negativo da personalidade é o hábito de se colocar sempre como pobre vítima da maldade alheia. É uma forma cômoda de justificar o próprio fracasso ou a indisposição de  assumir o timão de seu barco.
No âmbito coletivo a vitimização pode ser contagiosa.
Citemos aqui três exemplos: Venezuela, Cuba e Coréia do Norte. As três pobres coitadas manifestam a mesma síndrome: acusam os 
inimigos de discriminação. Confessam que dependem dos perversos vizinhos para sobreviverem, mas optam pelo isolamento, obedecendo à velha estratégia de cultivar o inimigo externo para garantir uma precária unidade interna. A vitimização, a auto-comiseração, a "self-pity", completam esse quadro.
No Brasil, num país possuidor de imensas riquezas, o mesmo acontece. O "presidente", o "comandante-chefe" das forças armadas, cuja missão é garantir a soberania do território nacional, assiste passivamente à invasão estrangeira. Limita-se a queixar-se, raivosamente, de que " a China não só compra do Brasil, a China  compra o Brasil." E nada faz para impedi-lo. Pelo contrário, vai a Pequim implorar ao Xixi Ping mais investimentos, segundo a velha política de atrair capitais estrangeiros para que promovam o nosso desenvolvimento.
Será que somos também pobres vítimas dos nossos governos?
Não. Nós os elegemos.
Enquanto nada muda, a proposta é o cidadão assumir, individual e associativamente, a responsabilidade pela mudança, nos menores círculos, sem ingerência estatal, e deixar que a espiral ascendente se expanda, no seu tempo e no seu espaço.

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