O Prêmio Nobel
O buraco negro está na mídia, como algo surpreendente e inexplicável, tal como inexplicável e surpreendente é a reação bioquímica de fotossíntese, realizada até por uma mínima folha.
Uma visão abrangente dos processos da Natureza cria uma ponte que conecta distantes regiões. Essa visão nos é dada pela Ciência Espiritual.
A lógica do Universo é perfeita. Já na Antiguidade o Grande Iniciado Hermes, o Trimegisto (tri-mega, três vezes grande) anunciava em sua Tábua da Esmeralda, aTabula Smaragdina, que "Como é em cima, também é embaixo", quer dizer micro e macrocosmo se correspondem. Foi o tema de um congresso realizado na Suiça, no século passado: "Die Welt der Entsprechungen", ou "O Universo das Correspondências."
As descobertas dos atuais ganhadores do Prêmio Nobel de Física confirmam a sabedoria hermética. Cabe à Ciência Espiritual preencher as lacunas deixadas pela Ciência Natural, sem contradize-la. Pelo contrário, afirmando-a.
O pequeno está contido no grande, o grande abriga o pequeno, conforme o símbolo do Tao☯️.
O nome está correto: Universo, o verso uno. Não é o bi- nem o tri-verso. Nem o verso e o inverso. Muito menos um formulário com instruções no verso ou uma medalha com verso e reverso. É um-verso, unificado e coerente, consistente no todo.
Vejamos a Ciência Exterior. A Grande Explosão, o Big Bang, fez nascer o Universo, ou melhor, esta edição do Universo atual, como o conhecemos.
Quando a edição anterior se comprimiu ao máximo, reduzido a centímetros, a massa explodiu e iniciou sua vertiginosa expansão, há 14,8 bilhões de anos atrás, e continua expandindo-se até hoje.
Aí a Ciência Espiritual nos socorre e esclarece que, o que aconteceu naquele momento de máxima compactação, é o que continua acontecendo por toda parte, no micro- e no macro-espaço-tempo.
Entender a miniatura equivale a entender a maxiatura, pois ambas se espelham, se correspondem.
Quem bem captou essa equivalência foi Rudolf Diesel (1858-1913), ao desenvolver o seu motor a explosão, modelo em uso até hoje. Quando o êmbolo comprime a mistura gás-óleo a um máximo, a mistura explode e impele o êmbolo no sentido contrário, produzindo trabalho. O motor move a máquina.
A sucção da mistura para o interior do cilindro forma ali um mini-buraco-negro. A massa é atraída e comprimida numa estreita faixa, e segue-se a explosão, que gera o movimento.
A semelhança é gritante.
A técnica mecânica reconstitui processos cósmicos.
Estrelas formam constelações, constelações formam galáxias, galáxias formam aglomerados, num crescendo contínuo.
E o átomo é um mini- sistema- estelar, tão complexo quanto, ainda aberto à investigação, longe de se esgotar.
As descobertas dos físicos, ganhadores do Prêmio Nobel, e de tantos outros colaboradores, abrem um amplo leque de perspectivas para o conhecimento, no futuro próximo e distante.
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