A COISA EM SI


Fui instruído pelo público de que o que prevalece não são os "fatos", e sim "a versão dos fatos".
Esse é um engano em que muitos podem incorrer.
O fato, o "factus", é o que é "feito", o real acontecido, e não o "contrafeito", ou, como dizem os ingleses, o "counterfeit".
É dessa ilusão, dessa crença cega no mal feito é que se nutrem as narrativas, as interpretações  a guerra das informações, e agora, mais recentemente, o jogo semântico.
Dinheiro vivo é moeda corrente, ou nenhum dos dois, é simplesmente cash.
Não importam as diferentes interpretações, o fato é um só.
O desafio é chegar ao fato em si, enxergar o real, oculto por trás das aparências.
É superar o filósofo Immanuel Kant, o filósofo que jamais saiu de sua cidade natal, Königsberg, na Prússia. Ele se recusava a perder sua zona de conforto e a ampliar seus horizontes. O medo do desconhecido.
Mesmo assim ficou famoso e ainda influencia a muitos que, como ele, acreditam ser impossível conhecer "A coisa em si", "Das Ding an sich". Pagam um tributo alto por imporem-se, voluntariamente, as limitações que o modelo kantiano estabelece.
Não se abrem ao vasto universo das causas. 
Aprisionam-se no restrito mundo dos efeitos.

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