LAMARCKISMO


Tive uma oportunidade de dar uma aula sobre "evolução" na Faculdade de Biologia da UNESP.
A proposta era demonstrar, fenomenologicamente, que a origem das espécies e sua consequente evolução, diferentemente do darwinismo tradicional, obedece a um plano, a um "design", previamente elaborado, conscientemente preparado por hierarquias espirituais superiores.
Essa visão contrasta frontalmente com a convencional, largamente aceita, de que a origem e a evolução das espécies devem-se unicamente ao fator
"acaso" e à  "seleção natural", decorrente da  luta
pela vida, culminando com a vitória do mais forte e  a derrota do mais fraco.
Minha colocação para o público  que a evolução das espécies é  " intencional", e não  "casual", e que a "cooperação" prevalece sobre a "competição", provocou forte reação da platéia.
Alegrei- me com o efeito, pois evidenciava que estavam despertos.
Fui até acusado de ser lamarckista. Contraargumentei que o darwinismo oficial resultara no chamado "darwinismo social", justamente o tema que, por coincidência, havia sido acaloradamente debatido, na mesma sala, no horário anterior.
A discussão girava em torno da "luta de todos contra todos", característica da nossa sociedade.
Hoje, 20 anos depois, alguns já começam a admitir o lamarckismo como uma possibilidade. A polêmica existe, felizmente, para provar que ainda queremos ser científicos. 
A Ciência também evolui.
Talvez um dia ela possa provar que, conforme Lamarck,  características adquiridas podem imprimir-se no DNA e elevar-se à condição de "características hereditárias".

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