A ROUBADA

 Uma pessoa pode sofrer como vítima de outras pessoas maldosas.

Pode também sofrer as consequências de seus próprios atos, perdendo aí o direito de se vitimizar.

É esse o caso da roubada em que se meteu o Povo de Israel ao optar por embarcar na ideologia sionista de Theodor Herzl.

Literalmente embarcou na Nau dos Insensatos e paga um preço alto para manter-se no barco.

A Palestina permaneceu sob o domínio turco-otomano por quatro séculos, até 1917.

Uma vez desfeito o Império Turco a Palestina passou para o domínio inglês sob o regime de protetorado.

Na onda do sionismo aumentou o fluxo de imigrantes judeus para a região, crescendo também a intensidade dos atritos entre os novos colonos e os nativos palestinenses.

Já aí era possível prever no que resultaria o confronto das duas etnias, na verdade dois irmãos descendentes do mesmo pai, Abraão.

Incapaz de administrar o conflito ainda incipiente, a Inglaterra optou por acionar a ONU para mediar o impasse.

A solução proposta foi o grande erro histórico cometido por estadistas: dividir a Palestina em duas partes, uma para cada etnia exclusiva.

Estava aceso o estopim do barril de pólvora.

A ONU optara pelo modelo monoétnico, obedecendo à mesma ilusão de Theodor Herzl: um Estado Judeu seria a garantia de paz duradoura.

75 anos de guerra demonstram a falência do modelo unitário.

O Estado de Israel dá continuidade ao anti-semitismo vigente há 30 séculos.

Daqui a 25 anos a guerra árabe-israelense baterá o recorde de a mais longa da História:  A Guerra dos Cem Anos.

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