COLONIALISMO
Qualquer nação, qualquer grupo nacional que se julgue suficientemente forte e superior, logo parte para conquistar e colonizar outras nações, "inferiores."
A nação mais forte não resiste à tentação de expandir seus domínios.
Assim entendemos o nascimento e a consolidação de todos os impérios coloniais registrados na História, passada e presente.
Entendemos também que todo império colonial está submetido à infalível Lei Universal do Crescimento expressa na Curva Sigmóide: nascimento, crescimento, apogeu, decadência e extinção.
A fogueira nos dá o exemplo: o fogo pega, cresce, forma labaredas, diminui e se extingue.
É o destino de todos os Reinos e Impérios.
Assim explica-se a frustração dos Doutores da Lei por não verem o Reino de Israel restaurado sob a opressão do Império Romano. Não entendiam as palavras :"Meu Reino não é deste mundo."
Por isso rejeitaram o Messias, e insistem agora, 20 séculos depois, em restaurar o Reino de Israel, artificialmente, por força das armas, e depois receber o Messias Salvador.
Contudo a lógica histórica é inexorável. Vale para os Reinos deste Mundo. Os que existiram no passado e os que existem no presente.
A lógica do imperialismo é a mesma: conquistar, colonizar, explorar, expandir-se, escravizar, decair e desaparecer. Daí a expressão recorrente "Ascensão e Queda", do Império Babilônico, do Império Romano, do Napoleônico, do Ocidente, do Oriente, etc etc...
A Curva Sigmóide é a nossa garantia de que não há imperialismo, nem colonialismo, nem nenhum mal que para sempre perdure..
Citemos aqui alguns imperialismos coloniais contemporâneos que
ainda existem, em ascensão, no auge ou em decadência.
Por exemplo o Império Russo Czarista, que cresceu vertiginosamente a partir do Principado de Moscou.
Expandiu-se em várias direções, chegou ao Mar Negro, no sul, ultrapassou os Montes Urais, a leste, invadiu a imensa Sibéria, alcançou o Pacífico, atravessou o mar e conquistou o Alasca, ao Norte do continente americano.
Encolheu um pouco com a venda do Alasca, mas continuou imenso.
O continuador do Império Russo Czarista foi o Império Russo Soviético. Expandiu-se meteoricamente de uma República para seis Repúblicas, chegando em pouco tempo a 15 Repúblicas Socialistas, sob a hégide de Moscou.
A Rússia Soviética tentou ainda expandir-se para o oeste e partiu para conquistar a Finlândia inteira. Seria a 16° República dos Sovietes.
Não conseguiu tudo. Contentou- se em anexar à Rússia somente 15% do território finlandês.
Mas de quebra a Rússia Soviética expandiu sua zona de influência no bloco oriental europeu, incluído no Pacto de Varsóvia.
Em 1939 o socialismo soviético de Stalin aliou-se ao nazifascismo alemão de Hitler na esperança de, juntos, construírem um império invencível que duraria mil anos.
Durou doze.
É que, após dois anos de vigência do Pacto Germano- -Soviético, de repente, traiçoeiramente, o nacional-socialista alemão invadiu o território socialista soviético do ex-aliado, e só foi derrotado quatro anos depois, em maio de 1945, graças à providencial ajuda de outros três impérios coloniais aliados, o americano, o inglês e o francês.
O Império Soviético ainda tentou expandir-se rumo ao Afeganistão. Não conseguiu.
Saiu derrotado e o Império Russo-soviético chega ao fim em 1991, completando-se um ciclo de decadência.
O novo Czar Vladimir o Putin, tenta, tardiamente, reconstituir a antiga glória imperial czarista-soviética, mas o momento não lhe permite mais.
Perdeu o "timing". Está em queda livre.
Pela lógica histórica, perderá a Criméia, o Donbass e sobretudo a Sibéria.
A imensa Sibéria, riquíssima em petróleo, gás, minérios, ouro, prata, fertilizantes, que sustentam a burocracia belicosa do Kremlin.
Soma-se a isso o potencial agrícola das extensas planícies.
Outro imperialismo colonial ainda vigente é o norte-americano, estadunidense. Está no auge.. É disparado a maior economia e a maior potência bélica de todos os tempos.
Por quanto tempo, ninguém sabe. O que se sabe é que o Império Britânico alcançou a América do Norte e fundou ali as treze colônias iniciais ao longo da costa leste.
As treze colônias queriam expandir-se, mas a Metrópole não permitia para não entrar em conflito com os indígenas, os legítimos donos da terra há milênios. A Inglaterra tinha outras preocupações e limitava-se a receber os lucros e os impostos oriundos da colônia, e assim sustentar sua revolução industrial.
A Inglaterra envolveu-se ainda na Guerra dos Sete Anos contra a França, sendo então obrigada a aumentar os impostos da colônia e decretar várias Leis para aumentar a arrecadação. A Lei do Açúcar, da Hospedagem, da Moeda, do Selo e a pior de todas, a Lei do Chá. Disfarçados de índios 150 colonos lançaram ao mar 340 caixas de chá no Porto de Boston. Foi a famosa "Tea Party".
Novos impostos, mais opressão e menos autonomia para os colonos.
E mais soldados ingleses para reprimir.
Em 1776 os Estados Unidos das Treze Colônias declaram independência, organizam milícias para lutar e em 1783 alcançam o reconhecimento da Mother Country.
Estavam agora os colonos livres expandir-se em direção às Planícies Centrais e ao Longínquo Oeste ( Far West) conquistando terra e dizimando índio.
Era a Marcha para o Oeste.
Em 1803 compram a Louisiana da França por 15 milhões.
Em 1819 compram a Flórida da Espanha por 5 milhões.
Em 1845 tomam o Texas do México.
Em 1867 compram o Alasca da Rússia pela pechincha de 7,2 milhões.
Em 1836 conquistam o Texas do México.
Em 1848 conquistam a Califórnia e o Novo México.
Na guerra mexicano - americana conquistam metade do México, a saber Califórnia, Utah, Nevada. Texas, Arizona e Novo Mexico.
Na década de 30 transferem milhares de indígenas para outra terras a fim de liberar as áreas para cultivar milho, arroz e algodão.
Os Estados Unidos cresciam tanto que em 1929 enfrentaram a maior crise de sua história. O crack da Bolsa em Nova York, a Crise da Superprodução. O New Deal, de Roosevelt, solucînou o problema.
Em 1941, tardiamente, os EUA entraram na ll Guerra
Mundial para apoiar decisiva- mente os outros três Impérios Aliados , o Francês, o Britânico e o Russo Soviético, contra os Impérios do Eixo Nazifascista.
Lutando só no exterior os Estados Unidos da América emergiram da ll Guerra poderosíssimos, habilitando-se a manter hoje 742 bases militares em 80 países ao redor do mundo.
E ainda promoveu o Plano Marshall para salvar a Economia mundial no pós -guerra.
Salvou até a Alemanha, a ex-nazista.
Gradativamente as colônias vão emancipando-se de suas metrópoles.
Novas perspectivas se abrem, ao longo da Curva Sigmóide.
O Ocidente revela sinais de desgaste.
Não obstante ainda pôde atender o apelo da China pós - Maotsetung, decretando a falência daquele modelo arcaico e inaugurando um novo, assentado em grandes investimentos e alta tecnologia.
Em três décadas o empreendedorismo ocidental tirou a China do atraso e a colocou em segundo lugar no mundo. Tbm
Graças a essa abertura pode hoje a China liderar o grupo dos BRICS e via Rota da Seda exercer o seu imperialismo, tal como outros antes o fizeram.
O futuro dirá se o Império Chinês será mais ou será menos nocivo que os anteriores.
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