CONTRAMÃO
A Alemanha acaba de anunciar a desativação de sua última usina atômica, obedecendo ao consenso geral quanto aos terríveis perigos inerentes a uma usina nuclear.
A qualquer momento pode ocorrer um vazamento acidental e comprometer imensas áreas, tal como aconteceu em Bopal (Índia), Fukushima (Japão), Tchernobil (Ucrânia).
Cada usina atômica instalada é um ponto nevrálgico para a segurança do país. É o alvo ideal para um bombardeio inimigo. É o epicentro de mortíferas radiações para uma extensa região, atingindo amigos e inimigos.
Mesmo sendo o campeão em potencial energia alternativa, eólica, solar e hídrica, o Brasil aposta na mais perigosa fonte convencional de energia elétrica, a energia nuclear.
Já era assim no tempo da ditadura militar.
Em 1975 o Brasil fechou o Acordo Nuclear Brasil-Alemanha, do qual eu tive, pessoalmente, a desonra de participar.
O pretexto era gerar energia elétrica para a rede. O motivo real, oculto, era, primeiro dominar a tecnologia para fins pacíficos, depois fabricar a bomba teuto-brasileira.
O projeto falhou e a megalomania ditatorial se frustrou.
O segundo governo Lula retomou os planos e de novo acenou para a Alemanha. Felizmente perdeu o timing.
Ele queria a bomba para poder ingressar no seleto clube atômico e ocupar um assento no seletíssimo Conselho de. Segurança da ONU. Não conseguiu.
Voltou -se então para o Irã, que já estava prestes a concluir suas pesquisas, pacíficas e bélicas.
Com tecnologia nacional decidiu-se implantar a Usina Angra Dois.
O local escolhido foi Itaorna.
Na língua tupi "ita" quer dizer "pedra", "orna" significa "mole".
Já os indígenas sabiam que naquele lugar a rocha é mole, imprópria para suportar todo o peso de uma central nuclear.
Ali foram fincadas as estacas que logo começaram a afundar, exigindo mais investimentos para sanar o problema.
Angra Dois está funcionando, com tecnologia secreta desenvolvida pela Marinha Brasileira.
Iniciou-se então a construção de Angra Três.
Felizmente a Lava Jato detectou a tempo graves irregularidades na licitação para empreteiras.
A obra foi interrompida e reiniciada no governo anterior, com a garantia de licitude total e segurança contra vazamentos.
O problema atual das autoridades é encontrar o local adequado para as novas usinas projetadas, oito ao todo.
Na beira do mar as usinas terão água suficiente para refrigeração. Porém a elevação do nível do mar e um eventual maremoto comprometem a segurança.
Voltando da viagem à China, certamente o Presidente fará novas viagens oficiais para fechar novos contratos.
Viajando na contramão.
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