PRIVATIZAÇÃO=ESTATIZAÇÃO


O tema é recorrente nos  debates entre esquerda e direita. Esta defende a privatização. Aquela propõe a estatização, a panacéia para todos os males.

Como em essência as duas extremas são iguais a discussão torna-se estéril.

Ambos os lados insistem em não definir-se. Deixam prevalecer a nebulosidade.

Os dois jogam o futebol inglês, para inglês ver.

O antigo Collor não fugiu à regra. Discursava pela privatização geral e Estado mínimo. No primeiro dia de governo, escancaradamente, confiscou a poupança de todo o povo brasileiro. A maior intervenção estatal de todos os tempos no bolso do cidadão. Nem Fidel Castro ousou tanto.

Tudo para combater a inflação.

Mais tarde veio o Plano Real para realmente resolver o problema. Todos concordaram, menos a esquerda. 

Felizmente, na época, o PT era bastante fraco para se impor.

Bolsonaro arvorava -se como privatizante, mas derivava seu poder   das milícias privadas  e das Forças Armadas estatais, de onde fora expulso como terrorista e agraciado com uma polpuda aposentadoria.

O atual governo estatizante premia os campeões de produtividade e os leva em viagens internacionais para fecharem  mais negócios.

Ao voltar provavelmente privatizará ou estatizará o trem-bala e a transposição do Rio São Francisco, faraonismos apoiados pelos dois.

No plano internacional o governo é pró -russo e pró -chinês, tal como o anterior.

Garante o fertilizante para o agronegócio e o mercado de alimentos transgênicos agrotoxicados.

Interrompe o saneamento básico e o tratamento por compostagem de resíduos orgânicos industriais, municipais e domiciliares, o que tornaria o país autos suficiente em adubos.

Particular ou estatal,

 a Natureza é pródiga em oferecer opções, simples e eficientes para os magnos problemas que nos afligem.

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