O NAVIO


No campo das relações nacionais e internacionais é importante obter informações verídicas. Importante também e processar os dados obtidos dos veículos informantes.

Na campanha de 2002 o candidato Lula pregava a emancipação do país com um discurso esquerdista.

Uma vez eleito fez exatamente o contrário. Aliou-se aos ruralistas, aos banqueiros, às montadoras, aos direitistas,etc.

Em seguida vieram os escândalos do mensalão e do petrolão.

A Operação Lava Jato levou Lula à prisão, livrando o país, temporariamente,  de um malfeitor contumaz.

O descalabro petista propiciou a vitória de seu homólogo direitista Bolsonaro. Este alcança o poder usando o mesmo discurso de seu oponente:" Mudar tudo o que está aí."

O quebra-quebra de 8 de janeiro foi a culminância do projeto bolsonarista.

Misteriosamente Lula é libertado e volta à cena repetindo o mesmo discurso de 20 anos atrás. Promete agora fazer o que não fizera em dois mandatos anteriores e em um de Dilma.

O discurso tinha que ser democrático para opor-se às pretensões ditatoriais de seu antecessor.

O que vemos após 100 dias é o mesmo estelionato de 2002: adesão declarada à dupla Rússia -China e aliados "progressistas."

O fato é que um presidente que mal concluiu a escola primária não consegue ter lastro para avaliar contextos complexos situados além de seu horizonte.

Ele não é ingênuo nem inteligente. É esperto para tirar proveito de situações e ainda habilitar -se a ganhar o Prêmio Nobel da Paz. Logo quem sempre pregou o " nós e eles", "os pobres e a elite."

Prisioneiro de suas limitações Lula aposta no eixo Rússia - China.

Acontece que Rússia e China são tradicionais nações imperialistas, expansionistas, e tradicionais adversários. Desde a época em que a Rússia Czarista expandia-se pela Sibéria asiática e confrontava-se com a China em graves conflitos fronteiriços.

É uma constante histórica.

A comunhão de ideais imperialistas tende a unir povos antagônicos.

Foi o caso da Rússia de Stalin e a Alemanha de Hitler.

Como ambos aspiravam a dominar o mundo, os dois uniram-se no "Pacto Germano-soviético" assinado em Moscou em agosto de 1939, uma semana antes do início da ll Guerra Mundial. Em setembro ambos invadiram e repartiram a Polônia, dando início à ll Guerra.

No dia 21 de junho de 1941 Hitler invadiu a Rússia de Stalin, e os dois amigos aliados converteram-se em ferrenhos inimigos, da noite para o dia.

De um lado a poderosa Alemanha, bem treinada e equipada, contra a empobrecida Rússia (URSS), ainda desfalcada de seus melhores generais, expurgados por Stalin pela primeira derrota na guerra de inverno contra a Finlândia, e também por ameaçarem sua liderança.

Felizmente o competente General Jukov sobrevivera aos expurgos e assumiu vitoriosamente o comando da resistência aos nazistas.

Naquele momento a enfraquecida Rússia ( URSS), incapaz de resistir sozinha ao invasor, apelou e recebeu a generosa ajuda dos Estados Unidos, os novos aliados do Ocidente.

Após quatro anos de encarniçada luta os valorosos soldados russo-soviéticos, com a ajuda ocidental, expulsaram os inimigos e tomaram Berlim, em maio de 1945, pondo fim à guerra.

Todos os anos, no dia 9 de maio, na Praça Vermelha, em Moscou, a Rússia comemora o Dia da Vitória na Guerra Pátria,

sem mencionar a providencial ajuda do Ocidente nem a decisiva participação dos soldados ucranianos na referida campanha. Nas celebrações a ênfase é o patriotismo heróico do povo russo.

Tudo isso, entre outras coisas, vem ajudando a manter  no poder o Putin, herdeiro ideológico de Stalin.

A grande expectativa no momento é como será a próxima "Parada de 9 de Maio," daqui a três semanas, na Praça Vermelha, com pompas e circunstâncias, na sombra da fracassada Operação Especial Militar.

E o nosso Brasil, via Lula, embarca também nessa "Nau dos Insensatos", em mar revolto, e ficará a ver navios, quando Rússia e China voltarem a enfrentar-se por novos conflitos de interesses fronteiriços nas colônias asiáticas da Sibéria.

Isso se Putin não afundar antes, avassalado pela onda ucraniana.

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