COMEMORAÇÕES
A esquerda e a direita, ambas, insistem em querer comemorar no dia 31 de março o 60° aniversário do golpe militar de 1964.
Da mesma forma comemoram o golpe militar de Fidel Castro em Cuba e o de Chaves na Venezuela e comemorarão os recentes golpes militares aplicados na África, todos autocráticos.
As comemorações revelam um nítido avanço da esquerda em escala global, ao mesmo tempo em que a mídia denuncia um nítido avanço geral da direita.
Uma autêntica corrida especial que retorna após um período de paz.
Até a Europa Ocidental, historicamente guerreira, vinha desmilitarizando-se, reduzindo os investimentos bélicos e concentrando-se em projetos sociais. Daí o alto padrão de vida que alcançaram após o fim da ameaça soviética.
Para nossa surpresa a atual Rússia, ex-soviética, reacendeu a chama bélica e forçou a OTAN a se rearmar.
O fim da URSS e o fim da Guerra Fria prometia um longo período de paz e prosperidade.
A Europa Ocidental progrediu, em paz, a China progrediu, em paz, e até a Rússia, progrediu, apesar das pequenas guerras curtas promovidas contra inimigos fracos.
A Rússia poderia continuar progredindo, a bem de seu sofrido povo, vendendo seu gás, seu petróleo e seus fertilizantes para o Ocidente.
A miopia do atual ditador russo é tamanha que ele resolve, em pleno período de commodities supervalorizadas, estragar a festa e reativar a Guerra Quente, com alto custo material e humano, para si e para os outros.
As esquerdas e as direitas terão muito o que comemorar.
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