A epigenética

A Ciência é maravilhosa e não pára de progredir.
É uma ferramenta que ajuda a desvendar mistérios.
As civilizações ascendem e decaem, inexoravelmente. Avançam quando se esforçam, fracassam quando se acomodam.
A Ciência talvez explique.
A epigenética rompe com os estreitos limites da hereditariedade pura e simples e abre o genoma às influências circunstanciais, externas e internas.
À luz da epigenética tentamos desvendar certos mistérios. Por exemplo o conflito árabe-israelense, a guerra de irmãos que já dura 72 anos.
O povo árabe, o povo do deserto, e o povo hebreu, o povo eleito, fustigado pelo mesmo clima, e ainda tendo três importantíssimas missões a cumprir:
1) o monoteísmo
2) o pensar lógico
3) o messianismo.
A par das adversidades climáticas estava o povo hebreu exposto às constantes hostilidades dos gentios à sua volta. No confronto com as dificuldades desenvolveram habilidades extraordinárias nas ciências, nas artes, nas economias...
A genética explica, em parte. O desafio das adversidades desperta virtudes que de outra forma permaneceriam latentes.
Ao povo árabe, descendente de Ismael e de Abraão, caberia mais tarde também assumir o monoteísmo, a crença em um só Alah, e em Maomé como seu profeta. E desenvolveria também o pensar claro, matemático, lidando com números, com algoritmos e algarismos arábicos.
Quanto ao terceiro item,  o messianismo, islâmicos e israelitas diferem justamente num ponto altamente sensível: a religião, messiânica para o judaísmo, não messiânica para o islamismo. Um espera o Messias, o outro não o reconhece.
E após séculos de diáspora os dois se reencontram na Palestina.
O conflito é inevitável. Reinvindicam o mesmo território.
Duas iniciativas de paz fracassaram, ambas pela interferência de membros internos das respectivas etnias em conflito. Não queriam a paz.
Em 1981 Anwar Sadat, do Egito, no auge das negociações de paz, foi sumariamente assassinado por oficiais egípcios.
Em 1995 Itzak Rabin, prestes a concluir a paz com Arafat, é assassinado por um jovem ortodoxo, adepto do atual primeiro-ministro.
Preferiram a guerra.
E o conflito parecia continuar, interminável.
Providencialmente, algo novo começa a despontar no horizonte.
Cidadãos livres, cansados de guerra e cansados de prantear seus filhos, unem-se e seguem juntos, de escola em escola, e propagam a paz entre os jovens.
Eis a grande esperança:
Quando a atual velharia ortodoxa passar, jovens esclarecidos assumirão o poder e selarão a paz, numa Palestina unificada e plural, onde os diferentes exercitarão a co-existência.

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