A Palavra

A palavra
A palavra "palavra" faz parte de uma interessante família do nosso vocabulário.
Sua origem está em "parabola." 
Temos aí dois fenômenos linguísticos significativos: os fonemas le e re representados pelas letras l e r. Ambas são consoantes alveolares constritivas, i.e têm o seu ponto de articulação no alveolo dos dentes superiores, mantendo-se a corrente de ar só parcialmente fechada. Exemplos: Lola, Lara, rolo.
É diferente das oclusivas p e b, onde os lábios, previamente fechados, abrem-se explosiva- mente. Exemplos: papa, baba.
Em "parabola" temos as duas consoantes alveolares r e  l, e uma bilabial explosiva  b. O  r sofre lambdacismo e converte-se em  l. O  l sofre rotacismo e transforma-se em  r.
Observemos a evolução:
parabola, parabra, palabra, palavra.
Agora compreendemos por que alguns povos orientais como o chinês e o japonês, algumas crianças como o Bolinha, 
e alguns brasileiros confundem o  l com o  r. Exemplos: quadlado, ingrês, pobrema.
B, bilabial sonora, evolui para  v, fricativa sonora.
P(pe) evoluiria para f(fe), fricativa surda.
Agora entende-se por que o  mesmo acontece nas línguas anglo-germânicas. Comparemos: em inglês help, pipe, pepper, life, live, love. Em alemão helfen, Pfeife, Pfeffer, Leben, leben, lieben.
Hispânicos e portugueses quase não distinguem  b de  v. Exemplos: vinho, bacalhau. Em Portugal binho, vacalhau.
Vejam quantos segredos encerra a palavra "parábola."
A Boa Nova, o eu-angelion, contém muitas parábolas, e muitos segredos revelados.
Para quem busca entendê-los.

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